UMA PEQUENA HOMENAGEM AOS PEIXES DESPORTIVOS DOS NOSSOS MARES E RIOS, TENTANDO CRIAR UMA MENTALIDADE DESPORTIVA PARA COM ELES. PENSAR NA CAPTURA E SOLTA COMO ALGO NORMAL, LEMBREM-SE QUE UM VERDADEIRO PREDADOR NÃO MATA POR PRAZER!!!
DISTRIBUIÇÃO: norte e centro de Europa; introduzido também na Europa ocidental.
BIOLOGIA: o picão europeu ou lucio-perca, também chamada zander na Grã-Bertanha, têm como presa habitual peixes pequenos como a brema, a acerina e a pardelha. Inicialmente encontrava-se apenas no Danúbio e norte da Europa, mas foi intruduzida para oeste, até à Inglaterra, e continua a expandir-se lentamente. Gerou-se uma grande controvérsia em torno de algumas destas introduções, quando se culpou a esta espécie das reduções drásticas nas populações de peixes locais, mas em muitas das águas em que surgiu não parece ter causado problemas de maior. O picão desova na primavera, e inicío do verão, pondo grupos de ovos de um tom amarelo-pálido nas plantas, na areia ou nas pedras. As larvas eclodem ao fim de alguns dias e vivem à custa dos seus sacos vitelinos até que a sua dentadura se desenvolve e se possam alimentar sozinhos. Ao desenvolver os dentes começa a caçar pequenos alevins e larvas de insectos. A dificuldade na captura de um picão consiste em detectar a sua presença, pois são peixes que se movem nas capas mais profundas e somente na primavera (quando se reproduzem) é que se deslocam a capas mais superficiais, depois de detectar ou capturar um a pesca começa a ser muito divertida pois normalmente desloca-se em cardume e quando se pesca um picão se insistirmos no mesmo local provavelmente capturaremos mais de um. A sua picada para predador é muito subtíl, pequenos toques como se estive-se a provar um petisco, seguido de uma arrancada brutal, que infelizmente dura pouco, pois é um peixe que se cansa muito depressa, a questão é aguentar os nervos durante esses pequenos toques, o que normalmente não acontece, com a consequente perda do peixe. É um predador temível e oportunista que não desdenha um isco morto no fundo, facto aproveitado por muitos pescadores para capturar esta espécie com a famosa montagem dachkovitch. Embora o picão seja considerado um peixe de profundidade e que detesta a luz, a sua pesca normalmente pratica-se em dias nublados foram já capturados vários picões com amostras de superficie, o que vêm a demonstrar que toda teoria sobre a pesca sempre têm uma segunda leitura.
ALIMENTAÇÃO: qualquer ser vivo do seu habitat.
MÉTODOS DE PESCA: spinning, mosca, jigging, corrico, à bòia.
O VIDEO: a captura e libertação de um picão europeu.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 11,480 quilos e foi capturado por Jurg Sherrer no lago Maggiore na Suiça, no dia 7 Junho de 2016.
PESO: 4 quilos. DISTRIBUIÇÃO: desde Europa para o norte até à Escandinávia.
BIOLOGIA: a perca é um temível predador apesar do seu escasso tamanho, habita em lagos, ríos, ou barragens, adapta-se rápidamente a um novo habitat, seja este de águas paradas ou com corrente. Como todo predador, alimenta-se de práticamente de tudo o que possa encontrar no seu território, vive em cardume o que faz de este peixe um predador super eficiente, o seu comportamento em cardume foi muitas vezes igualado ao das piranhas embora seja menos agressivo neste sentido, pois só ataca para alimentar-se. Durante o seu estado juvenil alimenta-se de pequenos invertebrados, insectos e larvas. Entre o 1-2 ano de idade o macho atinge a maturidade e já se pode reproduzir, as fêmeas demoram um pouco mais, entre o 2-4 ano de vida. Nessa altura já preda sobre pequenos peixes, rãs e outros animais de maior porte. A fase de namoro começa em fevereiro e termina a mediados de Junho, os ovos da perca europeia formam uma espécie de corda, que pode alcançar o metro de longitude, esta estrutura permite que esta longa corda de ovos tenha uma fácil aderência a qualquer tronco ou raiz submergida, o resultado de tão elaborado sistema verifica-se na taxa de natalidade da perca europeia, quase um 90% dos seus ovos fecunda. A pesca de este percídeo dá-se bastante melhor em dias de calor, pois a perca sobe à superficie para atacar os cardumes de peixes mais pequenos que caçam insectos na superficie, o material para pescar este peixe é idêntico ao que se utiliza para a pesca do achigã embora em tamanhos mais reduzidos devido à escassa dimensão da sua boca, durante o inverno devemos procurar as percas em profundidade, com jigs, de côr branca, amarela ou prateada.
ALIMENTAÇÃO: qualquer ser vivo do seu habitat. MÉTODOS DE PESCA: spinning, jigging, mosca, corrico. O VIDEO: a pesca da perca europeia conhecida nos E.U.A. como Jumbo Perch.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 2,900 quilos e foi capturado por Kalle Vaaranen no dia 04/09/2010 em Kokar, Aland Islands em Filândia.
DISTRIBUIÇÃO: desde o Noreste do oceano Atlântico, passando por Noruega e Mediterrâneo.
BIOLOGIA: a Bica para muitos é uma desconhecida, pois é um peixe que normalmente se captura por casualidade, um peixe lindíssimo a meu ver, pois as suas côres sempre em tons rosa e branco, são um verdadeiro espetáculo dentro e fora de àgua. O seu habitat encontra-se quase sempre em zonas mistas de areia e rocha em profundidades que rondam os 70-80 metros.Embora no inverno se desloquem a maiores profundidades. Para além da sua esplendorosa beleza a bica também dá uma grande luta e é uma verdadeira especialista em safar-se dos anzóis. A picada da bica é bastante súbtil, pois tem o hábito de saborear ou brincar com o isco antes de tomá-lo, muitas são as bicas perdidas pelo nervosismo do pescador que fisga antes do momento, pois raras são as ocasiões em que a bica volta ao mesmo isco. As bicas são hemafroditas e nascem todas fêmeas, ao alcançar o seu segundo ano de vida, a natureza faz o seu trabalho e a transformação em macho dá-se com cerca de 17 cêntimetros, altura em que podem começar a procriar, (normalmente na primavera) neste sentido peço uma especial atenção para a libertação de todo aquele exemplar que não alcance esta medida. Só estaremos a pensar no nosso próprio futuro. A bica normalmente consegue safar-se do anzol, porque ao ser fisgada, depois de duas ou três investidas para o fundo, parece render-se e vêm para cima dócilmente, é neste momento que o pescador confiado comete o erro e começa a recolher a linha sem sentir qualquer esforço da parte do peixe. Ocasião esta em que a bica aproveita para pegar dois ou três cabeçadas e livrar-se do anzol.
ALIMENTAÇÃO: pequenos invertebrados(anelídeos) crustáceos, moluscos e pequenos peixes.
MÉTODOS DE PESCA: pesca embarcada, jigging, surfcasting, à bóia.
VIDEO: a captura de uma bica à Portuguesa!!
RÉCORD IGFA: encontra-se 3,240 quilos e foi capturada por Geoff Flores em Monte Gordo (Algarve/ Portugal) no dia 19/05/1996. HOMENAGEM AOS AMIG@S