AMIGOS DE PEIXES DESPORTIVOS DO MUNDO

quinta-feira, 30 de maio de 2019

A BETARA - Menticirrhus americanus (Linnaeus, 1758)

FAMILÍA: escienídeos. 

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 40 metros.

COMPRIMENTO: 50 cêntimetros. 

PESO: 1,5 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: oceano Atlântico, desde Cape Code até Massachussets, Argentina e Brasil.
BIOLOGIA: a betara ou papa-terra como é mais conhecido em algumas regiões do Brasil, é um escienídeo, são peixes com a boca invertida na direcção do chão, já que é assim que detectam e encontram os alimentos. Não é um peixe que chegue a grandes tamanhos, porém é muito divertido para pescar, já que parece uma pequena corvina. Muitas vezes até é confundido com ela. A betara é principalmente buscado por amantes do surfcasting nas praias do mundo e principalmente no sul, sudeste e nordeste do Brasil. A melhor época para a sua pesca é durante os meses de Dezembro a Abril. É bastante común no litoral brasileiro e habita normalmente en zonas como estuários ou praias arenosas, já que se alimentan dos habitantes de essas zonas quando são expostos pelo rebentar das ondas. A luta da betara ou papa-terra é manhosa! Depois de fisgada pode nadar em direcção oposta como é normal em qualquer peixe ou vir directamente na nossa direcção. Muitos pescadores perderam a captura por considerar que já se tinha escapado ao ver a linha frouxa. Também têm a má costume de comer e ficar quieta, só se nota a sua picada porque a linha fica frouxa de repente. Nessa altura é conveniente dar uma fisgada antes de verificar se a linha estava apenas frouxa pela acção das ondas ou era uma betara. É um peixe muito saboroso mas normalmente só é consumido pelos próprios pescadores que as capturam usando com iscos a minhoca da praia, camarão ou corrupto. O papa-terra pertence à família do tão conhecido corvinão negro. ( https://peixesdesportivosdomundo.blogspot.com/2013/06/black-drum-pogonias-cromis-linnaeus-1766.html  ). 
ALIMENTAÇÃO: crustáceos, moluscos e pequenos peixes. 

MÉTODOS DE PESCA: surfcasting, spinning, mosca. 
O VIDEO: a pesca da betara com a modalidade de surfcasting usando pulga de mar ou tatuí.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 1,270 quilos e foi capturada por Chip Watters no dia 29 de Setembro de 2002 na praia de Virginia nos Estados Unidos de Ámérica.

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A ARUAÑA - Osteoglossum bicirrhosum (Cuvier, 1829)

FAMILÍA: osteoglocídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 5 metros. 

COMPRIMENTO: 100 cêntimetros.

PESO: 5 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins. 
BIOLOGIA: a aruaña é uma espécie espetacular tanto como peixe desportivo ou simplesmente como peixe. É o maior peixe de água doce que com uma dieta de insectos consegue alcançar o tamanho e o peso que possui. Também conhecida com língua-de-osso devido ao facto de que a sua língua é osséa e possui pequenos dentes que utiliza para imobilizar as sus presas contra o paladar do maxilar superior. São peixes que necessitam respirar oxigênio pelo ar. A aruaña é capaz de saltar fora de água mais de um metro para poder alcançar os insectos dos quais se alimenta, que normalmente estão nas ramas das árvores próximas da margem. Vive normalmente perto da margem, já que essa é a sua zona de caça e podem ver-se com facilidade ao deslocar-se com os seus barbilhões que utiliza como antenas para detectar qualquer movimento de algum insecto que possa cair à água. Deslocam-se normalmente debaixo da superficie em actitude de caça. A sua reprodução também é bastante peculiar, já que os machos guardam os ovos na boca até à sus eclosão e depois fazem o mesmo com os alevíns até que estes tenham o tamanho necessário para poder sobreviver. 
ALIMENTAÇÃO: insectos, especialmente aranhas e besouros. 

MÉTODOS DE PESCA: spinning, mosca.

O VIDEO: a captura de uma aruaña espetácular no rio Sucunduri, Amazonas.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 6,580 quilos e foi capturada por Jorge Massulo de Aguiar no dia 22 de Outubro de 2009 em Miriti, rio Preta da Eva, Amazonas, Brasil.

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sexta-feira, 17 de maio de 2019

A BAILA - Dicentrarchus punctatus (Bloch, 1792)

FAMILÍA: moronídeos.

LONGEVIDADE: 10 anos.

COMPRIMENTO: 70 cêntimetros.

PESO: 3 quilos.

PROFUNDIDADE: 0-30 metros.

DISTRIBUIÇÃO: Atlântico, Canal da Mancha (ocasional), Marrocos, Senegal, Mediterrâneo e Canal do Suez.
BIOLOGIA: a baila é um dos peixes mais conhecidos da costa sul Portuguesa.
Do ponto de vista morfológico, caracteriza-se por ter algumas semelhanças com o robalo, não atingindo porém as mesmas dimensões. Possui um típico dorso sarapintado e é um peixe bastante mais frenético que o robalo. Os habitats preferidos destes peixes são os mais variados: fundos arenosos, mistos ou até lodosos. A sua presença é comum em praias, rias ou na entrada de rios/rias. Na costa Algarvia são frequentes todo o ano e a sua captura não oferece grandes dificuldades. Reproduz-se no Inverno em grandes cardumes. As maiores ameaças para estes peixes são as redes de cerco que capturam centenas de quilos de peixe, no período reprodutivo. Para além disso, nas competições de surfcasting (através de uma legislação infeliz e desajustada, criada para favorecer a pesca de competição) matam-se todos os anos milhares de juvenis. Independentemente da predação levada a cabo pelo ser humano, esta espécie é controlada por outras espécies marinhas. De modo cíclico, a anos excelentes sucedem-se anos com uma redução significativa dos seus efectivos em muitos pontos da nossa costa (assim como sucede com outras espécies marinhas).
ALIMENTAÇÃO: toda espécie de anelídeos, camarões, sardinha, biqueirão e ralos.

MÉTODOS DE PESCA: surfcasting, á bóia, spinning.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 2,160 quilos e foi capturada por Jay Webster no dia 8 Janeiro de 2016 nas Ilhas Canarias, Lanzarote.

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O PARGO CAPATÃO - Dentex gibbosus (Rafinesque, 1810)

FAMILIA: espárídeos.

LONGEVIDADE: 20 anos.

COMPRIMENTO: 100 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 220 metros.

PESO: 15 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Atlântico este, desde Portugal a Angola, Mediterrâneo, Ilhas Canárias, Ilhas de S. Tomé e Príncipe e Grã-Bretanha.
BIOLOGIA: é vulgarmente conhecido como pargo capatão e caracteriza-se por um alto volumoso e proeminente na cabeça e por apresentar uma coloração avermelhada.Habita em fundos rochosos ou mistos estando quase sempre associado a barcos naufragados ou a grandes formações no relevo submarino. É um peixe muito potente sendo considerado um troféu na pesca desportiva. A família do pargo é extensa e entre eles estão, o pargo dourado (Dentex dentex), o Pargo Raiado ou Sêmea (Pargus auriga ou Sparus auriga), o pargo comúm ou legítimo (Pargus pargus ou Sparus pagrus).
O pargo é um peixe dotado de grande astúcia e super desconfiado, o que valoriza a sua captura.
ALIMENTAÇÃO: a base da sua alimentação são os crustáceos, moluscos, cefalópodes e peixes do género diplodus e afins.

MÉTODOS DE PESCA: jigging, spinning, corrico e pesca embarcada.

O VIDEO: aqui podemos apreciar o amigo Luis Ceia a capturar um pargo capatão.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 16,200 quilos e foi capturado por Joaquim Bento da Liberdade Silva no dia 15 de Maio de 2015 em Lagos, Portugal.

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sábado, 11 de maio de 2019

A PIRAPUTANGA - Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1850)

FAMILÍA: characídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 20 metros.

COMPRIMENTO: 60 cêntimetros.

PESO: 3 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Ámerica do sul, rio de La Plata e bacía do Paraná.
BIOLOGIA: ao vê-lo pela primeira vez, parecía que estava a ver um dourado pequeno, tal é a semelhança em côres e forma. Mais tarde, depois de informar-me descubrí que se chamava, piraputanga. Um nome bastante peculiar, e bastante adequado ao peixe. Piraputanga significa (peixe avermelhado) no idioma Tupi, suponho que isto se deve à côr da sua barbatana caudal. Os Tupis são indigenas originais do Brasil. Este predador de pequeno tamanho, mas não por isso menos aguerrido na batalha é um dos peixes com mais aficionados no Brasil. Na zona de Mato-Grosso é conhecida como "pêra". Com um corpo alongado e um pouco comprimido e dentes tricúspides é um peixe que te dará grande satisfação na pesca, já que depois de fisgado dá grandes saltos fora de água para tentar livrar-se do anzol . Prefere zonas com corrente e adora estar em zonas do río que tenham árvores frutais na margem, já que é um peixe que adora comer todo tipo de frutos. Vive em cardúmes e a sua pesca não é nada fácil. É um peixe que normalmente caça a meia agua e as melhores iscas são frutas da época ou artificiais como por exemplo spinnerbaits ou pequenos plugs. 
ALIMENTAÇÃO: é omnívoro, alimenta-se de frutos, insectos, crustáceos e pequenos peixes.

MÉTODOS DE PESCA: spinning, mosca, corrico, bóia, ao fundo. 

RÉCORD IGFA: encontra-se em 0,620 quilos e foi capturada por Hélder Coutinho no dia 16 de Abril de 1998 no rio Piguiri em Mato Grosso, Brasil.

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O BLUE TREVALLY - Carangoides ferdau (Forsskål, 1775)


FAMILÍA: carangídeos. 

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 100 metros. 

COMPRIMENTO: 70 cêntimetros. 

PESO: 15 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: desde o Senegal até Angola, incluindo o oeste do Mediterrâneo, Nova Escócia, Canadá, Brasil, Argentina, Golfo do México e Caribe. 
BIOLOGIA: o charéu azul também chamado (blue runner, corredor azul), por algo será. É um dos peixes mais combativos que se pode capturar na pesca desportiva. Preferem zonas costeiras com fundos de areia e com água movida. Também se encontram em zonas de recifes a mais de 60 metros de profundidade, são peixes rápidos e nervosos que atacam com extrema voracidade e não desistem se falham o primeiro ataque. Deslocam-se normalmente em cardume com excepção de exemplares de grande tamanho que adoptam uma actitude mais solitária. Durante a sua fase juvenil, entre 3-5 kilos fazem incursões nas entradas das barras para alimentar-se de peixes mais pequenos que buscam refúgio nas marismas.
ALIMENTAÇÃO: moluscos, crustáceos e pequenos peixes. 

MÉTODOS DE PESCA: spinning, corrico, jigging, mosca, á deriva. 

O VIDEO: Fábio Fergona "Baca" no fim do video, capturando um charéu azul desde kayak.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 2,260 quilos e foi capturado por Matthew Stewart no dia 30 Maio de 2001 em Midway Atoll.

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O MATRINXÃ - Brycon cephalus (Günther, 1869)


FAMILÍA: characídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: ?

COMPRIMENTO: 80 cêntimetros.

PESO: 5 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: Bacia Amazônica, Perú e Bolívia. 
BIOLOGIA: o matrinxã ou jatuarana como também é conhecido em algumas regiões do Brasil, é um pequeno peixe da região amazônica que pode ser muito divertido para a pesca desportiva. Com um corpo alongado e um pouco comprimido demonstra que está feito para nadar. Prefere zonas com corrente e rios de águas claras. Também se adapta bem a lagos ou lagoas desde que a qualidade das águas seja boa. Adoram estruturas, tais como vegetação ou paus submersos donde descansam e esperam a acasião de atacar as sus presas. Costumam nadar em pequenos cardumes, especialmente na estação reprodutiva. Vivem a meia água e em zonas superficiais. Depois de fisgada a sua tendência é buscar a superficie e encontrar obstáculos para roçar-se e tentar livrar-se do anzol.
ALIMENTAÇÃO: onívoro, frutos, sementes, flores, insectos e pequenos peixes.

MÉTODOS DE PESCA: ao fundo, à bóia, spinning, corrico, mosca.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 3,400 quilos e foi capturada por Peter F. Binaski no rio Negro no ano 2015.

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O SURUBIM CHICOTE - Brachyplatystoma platynemum (Boulenger, 1898)


FAMILÍA: pilomídeos. 

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: ?

COMPRIMENTO: 150 cêntimetros. 

PESO: 10 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Ámerica do Sul, rios Orinoco, Tocatins e Araguaia. 
BIOLOGIA: o surubim chicote, também conhecido como bargada, em algumas regiões do Brasil. É um peixe de couro, nome que se dá aos peixes que carecem de escamas. Têm um corpo alongado e roliço, com uma enorme cabeça achatada o que engana muito na altura de definir o seu peso, já que a cabeça apenas pesa e faz parecer que o peixe é muito mais pesado do que é na realidade. O maxilar superior é muito maior que o inferior e ambos estão cobertos de diminutos dentes que se podem apreciar mesmo com a boca fechada. É sem dúvida um dos peixes desportivos mais bonitos da familía dos bagres. Vive e alimenta-se no leito dos rios. Também é dos poucos bagres que durante a luta utiliza como técnica de saltar fora de água para tentar escapar. 
ALIMENTAÇÃO: minhocuçu, lagostins e pequenos peixes, tais como a tuvira.

MÉTODOS DE PESCA: ao fundo, à bóia. 

O VIDEO: o amigo Fábio Fergona "Baca" com um fantástico exemplar de esta espécie.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 

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quarta-feira, 8 de maio de 2019

O PIAU TRÊS PINTAS - Leporinus friderici (Bloch, 1794)


FAMILÍA: anostomídeos. 

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: ?

COMPRIMENTO: 40 cêntimetros. 

PESO: 2 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: Bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. 
BIOLOGIA: o piau três pintas é um pequeno anostomídeo muito combativo e divertido para pescar com equipamento ligeiro. O seu nome provém das três pintas negras que têm ao longo do seu esbelto corpo. A sua côr é prateada e as barbatanas são ligeiramente douradas, porém a barbatana caudal é completamente escura. Prefere zonas com muita vegetação e predomina nas margens dos rios ou lagos e lagoas. Uma das melhores zonas para a sua pesca é quando devido às enchentes os ríos ocupam zonas que normalmente estão em seco. Nesse momento o piau sobe a essas zonas para aproveitar o facto de estar ao alcance de frutos e insectos que normalmente não consegue alcançar.
ALIMENTAÇÃO: onívoro, com clara tendência carnívora, já que dentro da sua dieta estão insectos de todo tipo. Também adora sementes ou frutos de pequeno tamanho.

MÉTODOS DE PESCA: ao fundo, à bóia, spinning, mosca.

O VIDEO: o amigo Fábio Fergona " Baca" pescando piau três pintas com varinha de mão.

RÉCORD IGFA: encontra-se em 

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Amante incondicional de la naturaleza y la pesca deportiva. Los blog´s que escribo tienen como finalidad ayudar a cualquier pescador presente y futuro a enamorase de la pesca y respetar el medio ambiente. No hesitéis en escribir a preguntar lo que sea sobre estos temas que en la medida de lo que sepa, os ayudaré.

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