AMIGOS DE PEIXES DESPORTIVOS DO MUNDO

quarta-feira, 24 de março de 2010

A MINHOCA DA TERRA - REGRESSO ÀS ORIGENS

 Muitas vezes penso; nesta época de modernização massiva onde a palavra de ordem é inovar, lanço a vista atrás aos meus anos de moço com uma cana-da-india na mão sem mais preocupações que tentar divertir-me pescando algum peixe que se deixa-se enganar pela espetácular minhoca da terra que apanhava num abrir e fechar de olhos lá no quintal. Nessa época não existiam os técnicísmos de hoje em dia, não havia "poppers", "spinnerbaits", "buzzers", enfim, toda essa quantidade indescritivel de amostras, que existem hoje em dia. E pescava, aí se pescava!!! Era cada "bicho", e tudo graças à paciência e à famosa minhoca da terra. E pregunto eu? Porque razão hoje em dia não se pesca con ela? A imagen posterior é da minhoca mais grande que existe, a minhocuçu,(Megascolides australis) da América do Sul. 
Pensando nestas questões, resolvi escrever este pequeno artigo alabando as virtudes da nossa esquecida amiga, que como a mim deve ter dado muitissimas alegrias a muitos de vós. Minhoca da terra é como normalmente chamamos a espécie de anélidos que habitam o subsolo da nossa terra, sem falar claro está na incrivel quantidade de minhocas que existem no litoral. Começarei por apresentar-vos a Minhocuçu (Rhinodrilus alautus) uma verdadeira obra prima da engenheria genética, esta "pequenina" originária do Brasil chega a atingir o metro de comprimento e 2 cm de circunferência ou mais, imaginam as maravilhas que produziria um bichinho destes num anzol. Embora seja um animal de gigantescas proproções para a sua espécie situa-se cerca da superficie, normalmente junto às raizes das graminías, e é muito importante para o solo porque produz grande quantidade de hùmus. Geralmente têm uma cor negra mas pode passar a avermelhado ou acastalhado. As caracteristicas na vida deste anélido estão intimamente ligadas ás épocas do ano. A partir de Março entram em estado de hibernação, numa cavidade que pode medir entre 20 a 40 cm, à qual se chama vulgarmente "panela". Esta é a melhor época para a sua captura visto que estão imóveis. A região de Caetanopólis localizada a 100 km da capital mineira Belo Horizonte é o polo da existência destes animais que estão ameaçados de extinção pela busca de exemplares para pescar.
Nós não possuimos esse mágnifico animal, pórem existem várias espécies fáceis de adquirir que produzem os mesmos efeitos entre os nossos tão admirados "troféus". A milhoca de anilhas: é a mais dificil de encontrar, as suas principais virtudes encontram-se em dois factores estão cheias de um liquido amarelo, riquissímo em aminoácidos que liberta com o mais leve pelisco e têm uma resistência incrível. Normalmente encontram-se debaixo dos montes de estrume, possivelmente daí vêm a dificuldade de encontrar este tipo de minhocas.

A minhoca comum: encontra-se em qualquer zona húmeda que não receba o sol directamente durante demasiadas horas, e em qualquer época do ano. Têm um tamanho médio de 6 cm, feita há medida para o mais comum dos anzóis.


A minhoca verde: é uma variante da minhoca comum encontra-se na primeira capa de terra que existe em zonas próximas a rios ou lagos, devido ao facto de que estas zonas normalmente contém pedras ou troncos estas minhocas são bastante "musculosas" até ao ponto que ao iscar convém "travar" os seus movimentos com uma folha ou qualquer outro invento para que não se escapem do anzol. Nas zonas onde vivem e principalmente durante a época de chuvas têm um efeito devastador sobre os barbos.

Como guardar: seja qual for o tipo de milhoca a sua manutenção têm de cumprir duas normas básicas, o grau de húmidade e a sua alimentação. A segunda norma só é necessária quando as queremos manter mais de 15 dias, que em tal caso seria suficiente, misturar na terra cascas de batata, ou pedaços de fruta. Se pretendemos que estajam brilhantes, no dia anterior há pesca devemos salpicar a terra com uma ou duas colheres de sopa com açúcar. No caso da húmidade devemos estar mais alertas, pois demasiada húmidade acabaria com elas, assim que se verificamos que a terra está "empapada" devemos antes de guardar as minhocas num recepiente, colocar essa terra em vários jornais ou qualquer outro papel absorvente de maneira a eliminar o excesso de líquido.

domingo, 21 de março de 2010

O SAFIO - Conger conger (Linnaeus, 1758)

FAMÍLIA: congrídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 1000 metros.

COMPRIMENTO: 300 cêntimetros.

PESO: 60 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: oceano Atlântico, Mediterrâneo e Báltico.
BIOLOGIA: existem várias espécies de congros ou safios, diferem das moreias por possuírem barbatanas peitorais (coisa que estas não têm) e das enguias de água doce por não possuírem escamas ( enquanto estas possuem minúsculas escamas profundamente embutidas). Os congros podem também apresentar uma franja escura associada às suas barbatanas, dorsal e anal. O seu habitat natural são fendas de rochas ou corais, ou então no meio de destroços de navios ou estacas dos molhes. Ficam numa posição aparentemente inerte com a boca aberta, há espera de que passe perto a possivel victima, atacando então como uma rapidez asombrosa, têm tendência a ser mais activos durante as horas nocturnas que diurnas, ao atingir tamanhos consideráveis a sua pesca torna-se uma aventura épica, não pelo facto de conseguir a picada mas sim para tentar retirar da "toca" semelhante montanha de músculos, para além da tremenda força que possui um congro de 10-12 quilos temos o valor aderido de que para defender-se, normalmente dá um nó no seu corpo ficando entalado, no buraco donde vive, são presa habitual de praticantes da caça submarina, devido a vida estática que levam. É com diferença uma captura para recordar. 
ALIMENTAÇÃO: devem ser olorosos, tais como sardinhas, carapaus, ou chocos, lulas e polvos (especialmente os seus tentáculos).

MÉTODOS DE PESCA: ao fundo, à deriva, surfcasting.
O VIDEO: Luis Ceia capturando um congro em condições extremas.

RÉCORD IGFA ALL TACKLE: encontra-se em 60,440 quilos capturado por Vic Evans no dia 05/06/1995 em Berry Head United Kingdom.

                                                     HOMENAGEM AOS AMIGOS

segunda-feira, 15 de março de 2010

O BODIÃO GIGANTE MAORI - Cheilinus undulatus (Rüppell, 1835)


FAMÍLIA: labrídeos.

LONGEVIDADE: 30 anos nas fêmeas e 25 nos machos.

PROFUNDIDADE: 100 metros.

COMPRIMENTO: 230 cêntimetros.

PESO: 190 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: global desde que sejam águas tropicais ou temperadas.(Maldivas, Papúa, China, Indonésia).
BIOLOGIA: a familia dos labrídeos compreende mais de 400 espécies distribuídos por inumeráveis águas costeiras tropicais e temperadas. Um bodião tipico tem lábios grossos e dentes fortes, que usa para esmagar o marisco, e nada oscilando as barbatanas peitorais sem praticamente se servir da cauda. O tamanho dos bodiões varia entre os 10 cêntimetros das espécies mais pequenas e os 230 cêntimetros do bodião gigante maori, ao qual vamos dedicar este pequeno artigo. Vive nas águas indo-pacíficas e é uma autêntica beleza, pois até aos dias de hoje não se conseguiu definir a cor exacta da espécie. Existe uma incrível deversidade de cores passando pelo verde, azul, laranja, negro, vermelho, enfin um verdadeiro arco-iris, como atractivo para a sua pesca para além deste magnifico aliciante é também um lutador espetacular, capaz de levar a exaustão o mais aguerrido dos pescadores. Se um bodião considerado "normal" como os que alguns de nós capturamos de vez em cuando já oferece uma luta digna para o seu tamanho, imaginem o que será esta maravilha da natureza no extremo da linha. A sua dieta baseia-se sobretudo em moluscos, para tal possui essa impressionante dentadura, que lhe permite partir práticamente todo tipo de conchas que encontra no seu habitat, é um dos poucos peixes que come sem dificuldade ouriços-do-mar ou estrelas. No entanto ao atingir tamanhos superiores inclui na sua dieta qualquer tipo de peixe que se deixe capturar. Perferem fundos de coral ou rochosos donde encontram em abundância o seu alimento. São bastante solitários e normalmente encontram-se em casais, outra particularidade desta espécie é a "fidelidade" dos casais, pois tanto o macho como a fêmea só busca um novo companheiro no caso da morte do actual. São hemafroditas e a definição do seu sexo dá-se ao alcançar os 8-9 anos de idade. Em muitos paises é conhecido também pelo nome de peixe Napoleão devido a pertuberância que possui na cabeça.
ALIMENTAÇÃO: cualquer tipo de moluscos do seu habitat e amostras.

MÉTODOS DE PESCA: surfcasting, spinning, corrico, jigging, à deriva.

RECORD IGFA: encontra-se em 19.800 kilogramos capturado por Vincent Hock Boon no dia 04/04/1997 em Platt Island Seychelles.

                                                        HOMENAGEM AOS AMIG@S

domingo, 7 de março de 2010

A TAINHA OLHALVO - Mugíl cephalus (Linnaeus, 1758)


FAMÍLIA: mugilídeos

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 20 metros.

COMPRIMENTO: 50 cêntimetros.

PESO: 6 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: na maioria das àguas temperadas e tropicais do planeta.
BIOLOGIA: existem cerca de 70 espécies de tainhas na família dos mugilídeos, distribuídas pelas águas temperadas e tropicais de todo o mundo. A maioria vive junto à costa e penetra frequentemente em estuários e rios, e algumas, incluindo a tainha autraliana, vivem em água doce. Alimentam-se sobretudo no fundo, à base de algas, detritos orgânicos e pequenos organismos que habitam no lodo. São pescadas tanto para fins comerciais como desportivos. Neste caso o objectivo é a Tainha olhalvo, porque além de ser a que atinge maior tamanho, também é a que nos dá mais prazer na pesca desportiva. Apresenta riscas formadas por filas horizontais de pequenas manchas escuras e uma mais acentuada na base de cada barbatana peitoral. A segunda barbatana dorsal nasce paralelamente à anal. Uma das principais caracteristicas da Tainha olhalvo são os seus lábios carnosos que ofrecem um magnífico suporte para os nossos anzóis. Não todas possuem estas caracteristicas, a Tainha Fataça (Liza ramada) por exemplo possui os lábios mais finos do que os da sua congénere. Embora a sua fisionomia seja muito parecida todas têm pequenas diferenças que nos premitem distinguir umas das outras tais como pequenas manchas negras ou amarelas desiminadas pelos seus corpos. Além de ser um lutador formidavél é um sobrevivente nato, pois adapta-se a baixos niveis de salinidade e alimenta-se práticamente de tudo, enfim uma verdadeira força da natureza. Outro factor a ter em conta durante a sua pesca é que sempre se desloca em cardumes bastante numerosos, a sua reprodução é antagónica à maioria das outras espécies de peixes de água salgada, visto que a Tainha se reproduz no Inverno. Provavelmente por isso a sua taxa de crescimento é tão grande, com a única excepção da tainha garrento (Liza aurauta) que se reproduz no verão.
ALIMENTAÇÃO: pequenos pedaços de sardinha, carapau, pão, asticot e toda espécies de anélidos com preferência pela minhoca da lama.

MÉTODOS DE PESCA: á bóia, surfcasting, à mosca, também se podem pescar com pequenas colheres rotativas, porém deve-se iscar os anzóis da fateixa com minhoca da lama de maneira a formar um pequeno "polvo".

RÉCORD IGFA: encontra-se em 4,706 quilos capturado no dia 13/03/2009 por Scott Lindner em Upper Laguna Madre Texas, USA.

                                                      HOMENAGEM AOS AMIGOS

segunda-feira, 1 de março de 2010

A SEREIA AFRICANA - Alectis ciliaris (Bloch, 1787)

FAMÍLIA: carangídeos

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 1000 metros.

COMPRIMENTO: 150 cêntimetros.

PESO: 22 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: águas tropicais de todo o mundo e zonas temperadas do Oceano Atlântico.
BIOLOGIA: a Sereia Africana ou (African Pompano), encontra-se em muitas águas temperadas e está distribuída pelos mares tropicais de todo o mundo. O seu habitat preferido são os recifes rochosos das águas profundas. Os exemplares jovens desta espécie conhecidos como "peixe-fio" apresentam corpos muito comprimidos e raios muito prolongados nas barbatanas dorsal e anal que parecem fios. Possuem um corpo em forma de diamante cuja côr normalmente é prateada, possui escamas ósseas na barbatana caudal. Quando jovem possui várias manchas em forma de bomerang de côr azul que se distribuem de uma forma longitudinal, porém desaparecem na fase adulta assim como as famosas prolongações das barbatanas dorsais e anais. Ganha então uma mancha dorsal de um azul metálico, e uma pequena mancha da mesma côr nos opérculos. Como peixe de águas profundas as suas capturas costeiras são escassas e só possiveis durante a sua juventude, altura em que fazem breves incrusões para capturar caranguejos, uma das suas dietas favoritas, alimenta-se também de pequenos peixes e outros crustáceos. Desloca-se normalmente em cardume com excepção de exemplares muito grandes que preferem a vida solitária.
ALIMENTAÇÃO: pequenos crustáceos, peixes do seu habitat e amostras.


MÉTODOS DE PESCA: Surfcasting, Spinning, Jigging, Corrico, à deriva, ao fundo.
RECORD IGFA: encontra-se em 22,900 quilos capturado por Tom Sargent, no dia 21/04/1990 em Daytona Beach Flórida, USA.

                                                      HOMENAGEM AOS AMIGOS

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