AMIGOS DE PEIXES DESPORTIVOS DO MUNDO

sábado, 26 de dezembro de 2009

O PEIXE GALO - Nematistius pectoralis (Gil, 1862)

                                                                                          
FAMÍLIA: carangídeos

LONGEVIDADE: ?

COMPRIMENTO: 163 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 50 metros.

PESO: 60 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: U.S.A.(sul da Califórnia), Equador, Perú, Ilhas Galápagos e México (águas tropicais e subtropicais).
 BIOLOGIA: o peixe galo ou rooster é um dos peixes mais belos do óceano, este peixe deve o seu nome aos sete longos espinhos da primeira barbatana dorsal, que se estreitam dando origem a filamentos parecidos com fios, que lembram a crista de um galo. Estes espinhos estão encaixados num sulco do dorso do peixe, mas erguem-se sempre que este se excita. O peixe-galo frequenta águas superficiais sobre fundos de areia. A sua coloração é normalmente de um cinzento azulado no dorso com reflexos prateados e uma inconfundível mancha negra na mandíbula superior e outra desde a nuca até ao opérculo. Possui também duas longitudinais que começam na espinha dorsal terminando uma junto ao orificio anal e outra na barbatana caudal. As pontas das barbatanas dorsais também são da mesma côr. Os juvenis encontram-se por vezes nas pequenas lagoas que deixa a maré, ou em estuários, onde fazem incursões para se alimentar, principalmente de pequenos invertebrados e peixes do seu habitat. Uma curiosidade sobre este peixe é que a sua bexiga gasosa se estende até ao crânio contactando com o ouvido interno e através dela amplifica os sons para utilizá-los como "radar"com a finalidade de detectar as sua presas. Desloca-se normalmente sozinho ou em cardumes de poucos indivíduos. Os estudos sobre a sua reprodução, são poucos e a informação é escassa. Considera-se como um lutador "furioso" pois até cair exausto nao se entrega. A sua defesa consiste praticamente em corridas intermináveis que levam qualquer pescador ao cansaço extremo. A sua pesca desde a praia é especialmente emocionante, pois pode ver-se o peixe atacar devido à pouca profundidade onde normalmente caça.
ALIMENTAÇÃO: peixes do seu habitat e amostras.

MÉTODOS DE PESCA: à mosca, spinning, corrico. surfcasting e à bóia.

O VIDEO: sem palavras, com Fábio Fergona "Baca", um magnífico rooster com popper. 

RECORD IGFA: encontra-se em 51,710 quilos capturado por Abe Sackheim no dia 01/06/1960 em La Paz, México.

                                                         HOMENAGEM AOS AMIGOS

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O LÍRIO - Seriola dumerili (Risso, 1810)


FAMÍLIA: carangídeos.

PROFUNDIDADE: 0 - 360 metros.

LONGEVIDADE: 17 anos.

COMPRIMENTO: 190 cêntimetros.

PESO: 110 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: global (sempre que sejam águas temperadas ou mornas).
BIOLOGIA: este peixe está amplamente distribuído pelas águas temperadas e é o maior dos lírios do Atlântico. A sua coloração geral é prateada e possui frequentemente uma larga risca amarela ou côr de cobre ao longo de cada um dos flancos. As barras escuras que partem da mandíbula superior e atravessam os olhos encontram-se no local onde começa a barbatana dorsal, formando um V invertido. Na sua juventude formam cardumes numerosos que utilizam qualquer tipo de plataforma marinha ou artificial para ocultar-se e dar caça às suas presas. Aproximam-se de zonas costeiras em que predominem recifes, rochas ou qualquer outro tipo de estrutura que albergue possíveis presas. Alimentam-se normalmente de pequenos invertebrados, peixes e lulas. Excelente caçador que não perdoa e ataca as vezes necessárias para atingir o seu objectivo. Ao atingir o estado adulto, desloca-se para águas mais profundas onde procura zonas rochosas e montanhas submarinas no alto mar. Também se encontra junto a estruturas artificiais tais como plataformas petrolíferas, bóias, etc. Durante a época de reprodução que se dá na Primavera, aproxima-se da costa onde costuma ser presa de caçadores submarinos devido à sua curiosidade. Como peixe desportivo o adjectivo para o definir seria "brutal". Parar um lírio nas suas primeiras corridas não é tarefa fácil e diria mesmo que praticamente impossível. Os primeiro minutos de luta são duríssimos visto que é um peixe que para além de possuir uma força tremenda, utiliza com mestria a astúcia, cosendo-se a qualquer rocha ou obstáculo que encontre para cortar a linha o que muitas vezes consegue. Praticamente a totalidade do combate dá-se junto ao fundo o que em grande medida lhe facilita a tarefa de cortar a linha. Como todos os carangídeos, a sua carne é excelente tomando as devidas medidas pois pode causar "ciguatera" um aflitivo tipo de envenenamento alimentar que pode ser fatal. Em outros países é conhecido também pelos nomes de Peixe limão, Serviola ou Greater AmberjackOs seus parentes mais próximos são a Seriola rivoliana, a Seriola lalandi, e a Seriola fasciata que habitam o Atlântico Ocidental  desde a Carolina do Norte até à Argentina, e no Atlântico Oriental desde a Madeira até à África do Sul.
ALIMENTAÇÃO: lulas, chocos, peixe-agulha e amostras.

MÉTODOS DE PESCA: ao corrico, à deriva, jigging, spinning, surfcasting.

O VIDEO: a captura de um lírio.
RÉCORD IGFA ALL TACKLE: encontra-se em 74 quilos e foi capturado por Tadashi Yamanaka no dia 22 Junho de 2015 em Zenisu, Tokio, Japão.

                                                         HOMENAGEM AOS AMIGOS

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O BACALHAU - Gadus morhua (Linnaeus, 1758)

FAMÍLIA: gadídeos.  (Família de peixes teleósteos com cabeça volumosa e escamas cicloides, cujo género ou tipo se denomina Gadus.)

COMPRIMENTO: 100 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 600 metros.

LONGEVIDADE: 25 anos.

PESO: 96 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: Atlântico norte.
BIOLOGIA: peixe de águas frias que se encontra normalmente no hemisfério norte, o bacalhau é provávelmente o peixe mais conhecido no mundo, tanto pelo valor desportivo como pelo alto valor gastronómico que possui. Há centenas de anos que esta espécie goza de uma suma importância. Os pescadores Europeus já o pescavam no Grand Banks (Canadá) muito antes que Colombo chegasse à América. Vive no fundo ou perto dele, com uma alimentação à base de peixes (principalmente o arenque e o badejo) crustáceos e invertebrados. A melhor época para a sua pesca, são os meses de Maio e Junho( em profundidade ) e durante os meses de Dezembro a Janeiro na zona costeira, embora possa ser pescado durante todo o ano. Desloca-se normalmente em cardumes de numerosos indivíduos. Esta é a minha forma de honrar os pescadores portugueses que pescavam o bacalhau com grandes veleiros nas águas da Terranova e Gronelândia até meados do século passado, que depois de chegar ao pesqueiro, normalmente com um tempo infernal típico das latitudes onde pescavam, se faziam ao mar em pequenas embarcações chamadas "doris", onde cada pescador sozinho, se dedicavam à faina, afastando-se entre 1 a 2 milhas marítimas à procura do tão apreciado bacalhau, que capturavam com um aparelho de vários anzóis, arriscando a sua vida e onde muitos a perderam entre espessas neblinas. Com grande tradição na nossa pátria, penso ser esta a época mais adequada para expôr toda a glória deste peixe.Mas não sempre foi assim. Passaram muitos anos até que o bacalhau chegasse ao estado de graça e manjar. Na idade média, o bacalhau foi praticamente imposto pela Igreja, devido à proibição de comer carne na Quaresma. Posteriormente, o consumo do bacalhau subiu de uma forma vertiginosa nos hábitos alimentares da população portuguesa.
ALIMENTAÇÃO: qualquer peixe do seu habitat (especialmente arenques e badejos) moluscos, anelídeos e amostras.

MÉTODOS DE PESCA: surfcasting, jigging, spinning.
RECORD IGFA: encontra-se em 44.790 quilos capturado por Alphonse Bielevich no dia 08/06/1969 na ilha de Soals New Hampshire, U.S.A.

                                                    HOMENAGEM AOS AMIGOS

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O XARÉU-MACOA - Caranx hippos (Linnaeus, 1766)


FAMÍLIA: carangídeos.

COMPRIMENTO: 124 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 350 metros.

PESO: 32 quilos.

LONGEVIDADE: 17 anos.

DISTRIBUIÇÃO: na maior parte das águas temperadas e tropicais do Atlântico.
BIOLOGIA:  a família dos carangídeos, grandes predadores marinhos, é constituída por mais de 200 membros, entre os quais estão o Charuteiro ( Seriola), o Xaréu (Caranx ) e a Sereia ( Trachinotus ); estes dividem-se em várias subespécies. Porém, a eleição é fácil, o Jack Crevalle ou Xaréu-Macoa é uma lenda viva, não devendo existir nenhum pescador no mundo que não deseje ter este magnífico adversário no final da sua linha. Embora possa ser pescado com diversas técnicas, é com amostras que se pode "gozar" de toda a magnitude deste peixe, (especialmente com amostras de superfície).No estado juvenil formam cardumes que se ocultam debaixo de qualquer estrutura ou organismo flutuante, tais como medusas. Os exemplares adultos percorrem os mares em cardumes que se deslocam a grande velocidade, mas os mais velhos e de maiores dimensões tendem a ser solitários como a maioria dos peixes de bom porte.Espécie que pode ser encontrada em apenas "dois palmos de água" ou em profundidades abismais, o Jack Crevalle é sem dúvida uma máquina de combate. Devido à sua fisionomia, possui uma velocidade assombrosa, acompanhada de uma força descomunal em relação ao tamanho que tem.Alimenta-se normalmente de peixes do seu habitat, camarões, caranguejos e moluscos. O macho atinge a maturidade com 55 cm e a fêmea com 66 cm, o que em tempo real vem a ser um ano aproximadamente.A sua carne é excelente, porém com o devido cuidado, pois pode causar ciguatera, um aflitivo tipo de envenenamento alimentar que pode ser fatal.
ALIMENTAÇÃO: tainha, peixe-agulha, sardinhas, biqueirões, (vivos de preferência), e amostras.

MÉTODOS DE PESCA: à deriva, ao corrico, à mosca, ao spinning e a surfcasting.
RECORD IGFA: encontra-se em 26,500 quilos capturado por Nuno da Silva no dia 10/12/2000 na barra do Kuanza em Angola.

                                                    HOMENAGEM AOS AMIGOS

LER A ÁGUA - O LITORAL


Ao contrário das águas afastadas da costa, que só se podem inspeccionar através do estudo de cartas marítimas e por sistema de ecossondagem, normalmente é possível fazer um levantamento directo das zonas de costa com interesse para a pesca. À primeira vista, toda essa imensa massa de água parece igual, porém ao apurar a nossa visão sobre a costa, podemos verificar pequenas diferenças na ondulação, tais como espuma, o tamanho das ondas, ou correntes inversas provocadas por rochas submersas. As costas variam em muitos factores, sendo o mais óbvio o tipo de substrato, que pode ser de areia, cascalho, rochas ou o conjunto dos três. Assim, dependendo da espécie que buscamos, o tipo de substrato tem muito a dizer. As diferentes espécies de peixes têm preferência por um tipo de substrato ou outro, seja pela quantidade de alimento existente ou pelos esconderijos proporcionados por esse tipo de substrato, a inclinação da costa ou ainda pela presença de correntes de água doce.
AS PRAIAS ARENOSAS: o tamanho das partículas existentes numa praia influencia o tipo de organismos existentes dos quais os peixes se alimentam, e consequentemente as espécies de peixes que deles se alimentam. Partículas finas com grandes quantidades de matéria orgânica sao propícias para a minhoca da areia, o berbigão, ameijoa ou camarões.
Qualquer ondulação numa praia deste género atrai os peixes pois ao ser um sedimento leve, move-se com facilidade deixando à vista todos esses tesouros ocultos na forma de alimento. As praias de areias mais grossas, que assentam rapidamente, estão com frequência associadas a praias de rebentaçao, onde os robalos, solhas e rodavalhos são presa fácil quando se proporcionam condições adequadas. Uma ligeira inclinação ajuda o vento a criar uma boa rebentação pois a fricção entre o leito do mar e a água reduz a velocidade da onda, fazendo com que a crista a ultrapasse e enrole, produzindo assim mais rebentação. Isto acontece com mais frequência em águas superficiais que em profundas. Assim sendo, uma praia que normalmente tem muita rebentação, provavelmente contém bancos de areia e fundões.
AS PRAIAS DE CASCALHO: as praias de cascalho dão a impressão de estarem desprovidas de vida, mas nada mais longe da realidade. O cascalho que pode ficar amontoado por acção das ondas é somente a capa superficial dessa praia. Por debaixo desse amontoado de pedras, existe uma complexa mistura de vários substratos, por vezes incluindo argila e leitos de turfa no nível inferior da água ou para além deste. Nas praias de cascalho, a zona mais produtiva situa-se normalmente abaixo do nível inferior da água, onde o cascalho dá lugar a gravilha e areia fina. Todo esse amontoado de pedras é o esconderijo perfeito para muitos seres vivos tais como: camarões, caranguejos, lapas, ouriços-do-mar, etc. São o habitat preferido de peixes como o robalo, o safio, o sargo e a dourada. Observando indícios de bancos submersos que provocam variações no padrão normal da ondulação para além do nível inferior das aguas, podemos descobrir "canais" de passagem que os peixes utilizam com regularidade para se dirigir à praia (caneiros).
PENHASCOS: o principal atractivo deste sector da costa é a existencia quase permanente de água, em determinadas ocasiões com muita profundidade. Este factor permite aos peixes permanecer durante longos períodos de tempo no mesmo lugar, visto sentirem-se protegidos e existir uma grande abundância de alimento ( florestas de algas para o bodião, rochas quebradas para o safio e sargo, pináculos para o badejo, solos desobstruídos para a raia, o tubarao perna-de-moça e peixes chatos como a raia). Aconselha-se no entanto extremo cuidado ao pescar nestes sítios, pois as pedras com a água das ondas ou a própria chuva (se se der o caso) transformam as rochas em autênticas pistas de patinagem. Sao essenciais umas boas botas de montanha, uma corda e a companhia de alguém de confiança. Infelizmente, todos os anos alguns pescadores esquecem-se que a melhor pescaria é aquela que tem regresso.
PORTOS E MOLHES: são o típico cenário "familiar" devido a facilidade de acesso e ao facto de se encontrarem normalmente perto de cidades ou de centros urbanos, o que permite a quase todo pescador aceder a eles duma forma quase rotineira, quando não existe outro "plano".
São talvez o centro nevralgico de quase todas as espécies presentes na costa, devido à imensa quantidade de alimento que contêm (lugar habitual de limpeza de redes de pesca das traineiras, arrastões e vários tipos de barcos que se dedicam à pesca). São portanto lugares privilegiados para a pesca. A maior parte dos molhes ou pontões são construídos sobre bases naturais de rocha, que atraem uma vasta gama de alimentos e de peixes. Estas bases são normalmente ricas em caranguejos, camarões e pequenos peixes que utilizam essa estrutura para se protegerem. As tainhas percorrem estas estruturas em busca de microorganismos para se alimentarem e predadores como o robalo, a anchova, o lirio ou a corvina estão presentes devido à abundãncia de presas. Também se encontram presentes os sargos, safios, moreias, e outras formas de vida marinha como as navalheiras, santolas, polvos e chocos.
ESTUÁRIOS: num estuário típico, o rio cria uma coluna de água doce que se estende até ao mar, penetrando na água salgada. Forma-se então uma zona de água salobra onde as duas se encontram e se misturam. A dimensão desta zona depende de muitos factores como por exemplo: o tamanho do estuário, a maré ou a quantidade de água doce que entra. O principal factor que determina as espécies de peixes que entram num estuário é a salinidade. Os peixes que toleram uma salinidade baixa, tais como a tainha, entram sem dificuldades num estuário, deslocando-se muitas vezes até à própria água doce. Muitas espécies migratórias tais como o salmão, percorrem os estuários como via para completar o seu processo de crescimento no mar e voltarem já adultos para a reprodução. A geografia dos estuários e a existencia de alimento, são os factores principais que determinam onde é mais provável encontrar os peixes, prestando especial atenção aos locais onde a curvatura dos canais cria zonas de fluxo lento, a obstáculos que criam remoinhos parados e baías superficiais sobre as quais se processa a enchente, oferecendo áreas de águas tranquilas. As depressões e os buracos existentes nestas áreas tranquilas possuem a vantagem acrescida de serem pontos de encontro para alimentos trazidos pela corrente. Além das tainhas, encontram-se normalmente em estuários o robalo, a corvina, a solha e o linguado, para além de milhares de pequenos peixes em estado de desenvolvimento, tais como sargos, peixe-rei, bogas, sardinhas, cavalas, linguados e pequenas garoupas que neles encontram refugio e alimento.

Embora seja um resumo, espero que seja suficiente para se ter uma ideia aproximada dos pequenos segredos que nos esconde o litoral e a forma de pescar com mínimas garantias de êxito.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LER A ÁGUA - ÁGUAS PARADAS

Utilizo o termo águas paradas, para assim poder absorver todo esse espectro de água que pode ir desde um simples açude, à mais vasta barragem ou lago. Cada tipo de água parada apresenta ao pescador um conjunto de problemas que têm de ser resolvidos se desejamos obter êxito. No entanto, dentro dessa diversidade, existem muitas características em comum e o conhecimento e experiência adquiridos num desses locais podem ser utilizados vantajosamente em outros de similares características.
 Por exemplo todos os lagos, barragens, acudes, etc., possuem baías, promontórios e margens superficiais, e em muitos casos os organismos invertebrados que vivem entre a vegetação e as espécies de peixes são os mesmos. As suas probabilidades de pescar com êxito aumentam se souber o que se passa debaixo dessa superficie aquática. A vasta maioria das águas paradas nasce de uma forma natural, alimentada por fontes, ribeiros ou rios, e normalmente possui um ou mais rios que a alimentam.

A COR DA ÁGUA: este factor pode dar-nos inúmeras pistas sobre a população de peixes existentes num determinado local. Há medida que as águas paradas começam a aquecer em cada Primavera, minúsculos organismos vegetais, conhecidos como fitoplancton, começam a multiplicar-se a um a velocidade vertiginosa, transformando grandes extensões de água em planíces verdes, chegando muitas vezes a impedir a oxigenação das águas e provocando a morte de muitos peixes. O fitoplancton por sua vez, é o principal alimento do zooplancton. Este último inclui larvas de peixes e organismos animais simples tais como as dáfnias (pulgas de água). Ao produzir-se zooplancton em quantidade suficiente,  a água será mantida livre de fitoplancton o que dará origem a uma água mais limpa e transparente, entrando com maior liberdade os raios solares permitindo assim o crescimento de plantas aquáticas que além de produzirem alimento, são um abrigo para as espécies presentes. Além disso, o zooplancton é a base de alimentação de todos os peixes existentes no habitat.


CANIÇAIS E NENÚFARES: locais perdilectos para os peixes, os caniços são ervas altas que podem atingir cerca de 3 m de altura. Quando não há vento, qualquer movimento das suas hastes pode indicar a presença de peixes. Além disso, são uma fonte de alimento, porque organismos tais como: caracóis,  mosquitos e larvas de libélulas, sempre estarão presentes.
O lúcio, o achigã e a perca por exemplo, têm neles os seus locais de caça preferidos, pois devido ao seu mimetismo encontram-se prefeitamente camuflados neste ambiente, esperando pacientemente dar caça à sua presa. Algo similar acontece com os nenúfares com a diferença de que os peixes se ocultam debaixo das suas folhas aproveitando a distracção de qualquer animal. Além disso, os nenúfares são autênticos filtros da natureza, porque ao impedir que a luz solar penetre na água evitam a proliferação do fitoplancton (que sem luz nao pode sobreviver), aumentando assim a transparência e pureza das águas.

BOLHAS E ONDAS: os peixes que se alimentam no fundo como a carpa, a tenca ou o barbo, levantam nuvens de limos ou lodo enquanto procuram alimento no leito, e à medida que os focinhos agitam os limos ou lodo, libertam bolsas de gás que sobem à superfície em forma de bolhas de ar. As zonas com essas características indicam muito provavelmente a presença de um ou mais peixes alimentando-se.
Outros peixes que se alimentam à superfície como por exemplo a truta, provocam ondas superficiais que revelam a sua posiçao.


A ESPUMA: em grandes extensões de água, quando o vento é forte e provoca ondulação, esta última normalmente ao chocar contra as margens provoca espuma, durante os meses de Verão. Quando os insectos acabam de eclodir são varridos até essa espuma ficando presos, devido à sua densidade. Ocasião aproveitada por muitas espécies de peixes para um autêntico festim.
Pessoalmente fui testemunha desta visão incrível vendo, em ocasiões, peixes praticamente varados na margem em frenesim alimentar.


A meu ver, são tudo pequenos detalhes, que no fim fazem a grande diferença entre tu que sabes o que viste e fizeste e o outro que normalmente diz:"Que sorte tiveste, deste com eles!"

LER A ÁGUA - OS RIOS

Muitas vezes esta dúvida assalta a mente de quem se dedica à nobre arte de ludibriar esses tão desejados troféus que para alguns de nós são os peixes.  Que sucede debaixo de água realmente? A capacidade de ler a água pode melhorar bastante a percentagem de êxito de um pescador. O fluxo superficial raramente é uniforme e zonas de turbulência ou áreas de águas mais calmas podem fornecer pistas sobre o que está a acontecer debaixo de água. Assim, poderiamos separar um rio em zonas, e verificar dependendo da época do ano e do caudal que este leva, quais seriam as zonas mais produtivas para a nossa pesca. Porque dependendo do día e da zona tudo pode mudar.
As espécies de peixes presentes num rio variam de zona para zona. Nas zonas superiores, onde a água é mais transparente e flui rapidamente, transportando uma maior quantidade de oxigénio dissolvido (por causa dos choques com a massa de pedras e seixos existentes no leito do rio), encontram-se trutas e tímalos. O alimento é normalmente limitado, restringe-se a larvas de algumas espécies de insectos e camarões (para além de algumas criaturas terrestres que caem à água), por isso os peixes tendem a ser pequenos. Mais abaixo, onde o rio se torna mais fundo e o fluxo mais estável, os bancos de vegetação proporcionam um abrigo para os peixes e atraem a vida animal de que se alimentam. Isto, combinado com um fluxo menos turbulento, faz com que mais espécies estejam presentes, incluindo o barbo, o escalo, o bordalo e a pardelha. Também se poderão encontrar trutas e tímalos, se a água for limpa. Na última zona do curso da maioria dos rios, o fluxo é lento, em particular no Verão. O leito é composto, normalmente, por lodo macio e limos e a vegetação cresce de forma abundante. O lodo e os limos estão muitas vezes suspensos, o que resulta numa visibilidade reduzida e num ambiente inadequado para espécies encontradas mais acima. Em seu lugar estão presentes peixes que preferem o fundo, mais tolerantes a uma água com baixos níveis de oxigénio dissolvido. Contam-se entre eles a brema, a carpa ou a tenca.

FLUXO DE ÁGUA
Estudando os diferentes modelos de fluxo de água, podemos aprender bastante sobre as características do mundo subaquático. Por exemplo, as rochas e a vegetação criam ondas em zonas de águas calmas, enquanto buracos profundos que contêm águas calmas onde os peixes buscam comida e abrigo parecem ser ligeiramente mais escuros do que a superfície que os rodeia.

VEGETAÇÃO DA MARGEM
Os peixes gostam de descansar por baixo das margens rebatidas e de árvores e plantas pendentes, que lhes fornecem sombra, protecção contra predadores como as garças (e os pescadores), e são uma fonte de insectos e outros alimentos.

ROCHAS E PEDRAS
Estas zonas são particularmente ricas em peixes, devido ao facto de que além de oferecer abrigo contra fortes correntes, normalmente produzem remoinhos que arrastam alimentos. Peixes como a truta, o salmão, e outras espécies predadoras como o lúcio, são verdadeiros admiradores destas zonas porque constituem uma autêntica "dispensa" de alimentos.

Assim, durante essas horas intermináveis à espera da picada, podemos aproveitá-las para detectar os pequenos segredos ocultos para a maioria e subir um degrau no conhecimento do meio que tanto feitiço nos provoca e do qual tao apaixonados estamos.

A CACHARA - Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus, 1766)

FAMILIA: pilomídeos.

LONGEVIDADE: ?

COMPRIMENTO: 104 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 50 metros.

PESO: 70 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: bacia Amazónica e seus afluentes (introduzida em vários países com fins desportivos) 
BIOLOGIA: a cachara ou surubim é peixe de couro, visto carecer de escamas, com um corpo alongado e roliço; cabeça achatada; possui três pares de bigodes que utiliza como "radar" para a detecção das suas presas. A sua côr é cinzento escura no dorso, ficando mais clara junto à linha lateral e acaba num ventre branco.A sua principal característica são as faixas negras transversais que começam na região dorsal e estendem-se até à linha lateral, o que nos serve para distinguir a cachara dos outros peixes do seu género, visto que a família é bastante extensa. Habita com regularidade em canais dos rios, utilizando os seus poços para descansar. Quando caça, prefere zonas superficiais tais como: baixios de praias, matas inundadas e lagos. Na sua dieta estão peixes da região tais como; tuviras, lambaris, piaus, carimbatás e a famosa minhocuçu (minhoca de proporções gigantescas existente na região); o camarão constitui também uma parte importante da sua dieta. A sua reprodução dá-se na época das chuvas quando a subida dos rios lhe permite ascender para desovar. O principal atractivo deste peixe para além da sua beleza e tamanho, é a extraordinária luta que dá ao ser fisgado. Como principal defesa, pega-se ao fundo utilizando o seu ventre achatado e empreende corridas prolongadas contornando qualquer obstáculo para livrar-se do anzol. A fêmea atinge a maturidade aos 56 cêntimetros e pode pôr oito milhões de ovos por quilo de peso; o macho atinge a maturidade aos 45 cêntimetros. A luta com um peixe de estas caracteristicas é inolvidável!
ALIMENTAÇÃO: os peixes anteriormente citados.

MÉTODOS DE PESCA: spinning, à mosca, ao fundo e a bóia.

O VIDEO: Fábio Fergona com uma belissima cachara ou surubim.


RECORD IGFA: encontra-se em 16,170 quilos capturado por Gilberto Fernandes no dia 26/04/2008 no rio Amazonas, Brasil.

                                                       HOMENAGEM AOS AMIGOS

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O SNOOK - Centropomus nigrescens (Günther, 1864)


FAMÍLIA: centropomídeos.  

LONGEVIDADE: 7 anos.

COMPRIMENTO: 123 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 30 metros.

PESO: 40 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: oeste do Oceano Atlântico, Caraíbas, México e U.S.A.
BIOLOGIA: o snook, também conhecido como robalo negro ou robalo flecha, deve o seu nome ao facto de possuir uma linha negra longitudinal. Porém a sua côr é prateada, com tonalidades amarelas nas barbatanas.Habitante de águas pouco profundas, praias, mangues, entradas de baías e praias, possui uma boca enorme com a mandíbula inferior sobressaída e cabeça achatada. Como predador oportunista, utiliza estruturas para a caça, onde se oculta à espera da presa. Embora seja um peixe de água salgada, faz incursões em água salobra com frequência. A sua alimentação tem como base pequenos peixes do seu habitat e crustáceos tais como o camarão. Quando fisgado, a sua primeira defesa consiste em saltos espectaculares com sacudidas de cabeça com a finalidade de tentar cortar a linha, visto que possui junto as brânquias umas placas ósseas que são uma autêntica faca. Se não o consegue, pega-se ao fundo cosendo-se a qualquer obstáculo com a mesma finalidade. Nos Estados Unidos têm uma autêntica legião de seguidores que o adoram , existindo clubes que se dedicam exclusivamente à sua pesca. Tal é a adoração que se tem por este peixe que três dos seus submarinos foram batizados com os nomes de USS Robalo - 273, USS Snook - SS 279 e na segunda guerra mundial o USS Snook SSN - 592 em 1950.
ALIMENTAÇÃO: amostras (especialmente de superfície e meia-água), peixes do seu habitat, camarões ou caraguejos.

MÉTODOS DE PESCA: spinning, à mosca, surfcasting e à bóia.
RECORD IGFA: encontra-se em 26,190 quilos e foi capturado por George Beck no dia 23/08/1991 no rio Naranjo na Costa Rica.

                                                      HOMENAGEM AOS AMIGOS

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O TRAIRÃO - Hoplias macrophthalmus (Pellegrin 1907)



FAMÍLIA: erythrynídeos.

COMPRIMENTO: 100 cêntimetros.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0- 15 metros.

PESO: 60 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: América do Sul (Brasil, rios Amazonas e Orinoco e Guiana Francesa).
BIOLOGIA: predador voraz, vive normalmente em pouca profundidade, com preferência pelas margens de rios e lagos, onde se oculta entre a vegetação para atacar as suas presas.
A côr predominante no dorso é o negro, flancos acinzentados e o ventre branco. A fisionomia do corpo é cilíndrica. É possuidor de uma dentição impressionante e perigosa, a qual deve ser tida em conta ao retirar os anzóis, pois causa perigosas dentadas. Na família dos trairões existem também o Hoplias lacerdae e o Hoplias aimara, cuja única diferença com o primeiro é a côr e o tamanho. Estes mais pequenos que o macrophthalmus, mas igualmente vorazes e excelentes adversários desde que se pesquem com o equipamento adequado. Gosta da águas paradas para desovar, onde a fêmea põe os ovos e o macho os cobre com sémen. Depois da eclosão, o macho vigia os alevins defendendo-os ferozmente. Prefere caçar ao entardecer e é portanto a melhor hora para a sua pesca. Extremamente territorial ataca qualquer intruso que invada o seu território. O trairão azul é um dos mais belos da espécie. Este em particular encontra-se com mais frequência no rio Paraná (fronteira entre Brasil e Paraguai.
ALIMENTAÇÃO: peixes do seu habitat tais como, cachorra, matrinxá, carimbatá.


MÉTODOS DE PESCA: spinning, ao fundo, à bóia e à mosca com amostras principalmente de superfície e de meia-água.
RECORD IGFA: (categoria All-Tackle): encontra-se em 14,950 quilos capturado por Cittadini Gerard no dia 21/03/2007 no rio Sinamary na Guiana Francesa.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A CANA - UM POUCO DE HISTÓRIA

Até meados do século 19, as canas de pesca eram feitas de madeira de avelaneira, freixo, nogueira americana e nectandrea, mas nos anos 40 do seculo passado, William Blacker (Inglaterra) e Samuel Phillipe, (Pensilvania), começaram a fazer canas de bambu corrigido, ou seja, bambu cortado em tiras longitudinais que se colavam umas às outras. As canas de bambu corrigido revelaram-se mais leves, mais flexíveis e mais resistentes do que as de madeira, e o bambu viria a ser o material mais popular para canas de pesca durante mais de cem anos. É ainda usado actualmente para canas de pesca à mosca dispendiosas e feitas à mão, mas desde o fim dos anos 40 o seu uso caiu rapidamente face à forte concorrência dos materiais sintéticos. O aço tubular e o alumínio foram os seus primeiros adversários, mas rapidamente se viram também eles substituídos pela fibra de vidro. Esta última foi suplantada por materiais ainda mais modernos, incluindo o boro, o kevlar e o que mais êxito alcançou: a fibra de carbono (grafite). Assim, com o passar dos tempos, a nossa querida cana evoluiu, para hoje em dia ser uma extensão da nossa personalidade, dos nossos desejos e dos nossos sentimentos. Obrigado William Blacker e Samuel Phillipe.

sábado, 14 de novembro de 2009

O ESPADIM AZUL - Makaira nigricans (Lacepède, 1802)

 FAMÍLIA: istioforídeos.

LONGEVIDADE: ?

COMPRIMENTO: 500 cèntimetros.

PESO: 900 quilos.

PROFUNDIDADE: 0-200 metros.

DISTRIBUIÇÃO: global(com preferência por climas tropicais e subtropicais).
BIOLOGIA: o espadim azul do atlântico é o maior dos espadins. O seu único rival é o espadim negro (Makaira indicus). Exemplares de ambas as espécies foram capturados com cana e carrete com pesos superiores aos 455 quilos. Uma vez ferrado, o espadim de grande tamanho oferece uma luta tremenda, levando em ocasiões horas a consumar a captura. Os espadins alimentam-se de peixe, crustáceos e lulas, (especialmente de arenques e atuns). Uma vez iniciada a caça, a presa tem poucas possibilidades de escapar a estes predadores poderosos e vorazes. O seu nome provém da peculiar forma que tem a sua boca, cuja mandíbula superior se prolonga, formando um bico ou espada. Na família dos espadins existem também outros adversários de bom porte como por exemplo o espadim raiado (Tetrapturus audax), o espadim bicudo(Tetrapturus pflugeri), o veleiro (Istiophorus platypteurus), o espadim de bico curto (Tetrapturus angustirostris) e o espadarte (Xiphias gladius), todos eles adversários de altura. O máximo degrau alcança-se com a captura do espadim azul do Atlântico, considerado pelos seus maiores aficionados (os pescadores de BigGame) como o máximo que se pode atingir num palmarés. Pessoalmente, penso que já vai sendo hora de que se utilize outro método para demonstrar a magnífica captura de um espadim, que não passe por levar o exemplar para o porto e exibir o espadim pendurado, dando assim morte a um dos mais magníficos peixes que existem nos nossos mares.
ALIMENTAÇÃO: arenques, cavalas, atuns, lulas e amostras.

MÉTODOS DE PESCA: ao corrico, spinning e jigging, a deriva e a mosca.

RECORD IGFA: categoria All-Tackle, encontra-se em 636 quilos capturado por Paulo Amorim no dia 29/02/1992 em Vitoria, Brasil.

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domingo, 8 de novembro de 2009

O SARGO - Diplodus sargus (Linnaeus, 1758)


FAMÍLIA: esparídeos.

LONGEVIDADE: 10 anos.

COMPRIMENTO: 45 cêntimetros.

PESO: 2 quilos.

PROFUNDIDADE: 0-100 metros.

DISTRIBUIÇÃO: oeste do Oceano Atlântico, Mediterrâneo e mar Negro.
BIOLOGIA: com preferência por zonas de pedra onde se oculta com uma habilidade surpreendente, o sargo é um excelente nadador, capaz de suportar as mais fortes correntes para se alimentar. Gregário salvo quando atinge grandes tamanhos, altura em que se torna mais solitário. Juntam-se em cardumes na época de reprodução e na minha humilde opinião constitui um dos mais belos acontecimentos que se podem ver no reino animal. Existem zonas da costas específicas em que se concentram centenas de milhar de indivíduos para procriar. Nesses dias encontram-se em pleno frenesim, momento em que certos afortunados (que tem o privilégio de conhecer a localizaçao dos sargos) fazem pescarias incríveis. A família dos sargos é extensa, variando do que atinge maior tamanho - sargo veado( diplodus cervinus cervinus), passando pelo sargo bicudo, safia etc. Não conheço nenhum pescador que não se apaixone por este peixe. Ainda me continua a surpreender como um animal tão pequeno possui tamanha força. Quando fisgado, a tenacidade com que se defende faz-nos pensar (sempre), que o peixe tem o dobro do tamanho que tem na realidade, com corridas interrompidas por fortes "cabeçadas", tenta por todos os meios alcançar um buraco onde esconder-se. Quando o consegue, dificilmente conseguimos ganhar a batalha, porque a segunda estratégia do sargo consiste em abrir as espinhas dorsais e ficar literalmente cravado na pedra. Com as nossas tentativas de tirar do buraco o merecido "troféu", só o conseguimos ajudar, pois ao fim de algum tempo o nylon corta na pedra e o sargo escapa-se.
ALIMENTAÇÃO: toda espécie de anelídeos, crustáceos (ralos, caranguejos), bivalves (ameijoas, berbigão, lingueirão).

MÉTODOS DE PESCA: surfcasting, chumbadinha, bóia e ao fundo.
RÉCORD IGFA ALL TACKLE: encontra-se em 1.870 quilos e foi capturado por Anthony Loddo no dia 28/04/1996 na Baia de Gibraltar.

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Amante incondicional de la naturaleza y la pesca deportiva. Los blog´s que escribo tienen como finalidad ayudar a cualquier pescador presente y futuro a enamorase de la pesca y respetar el medio ambiente. No hesitéis en escribir a preguntar lo que sea sobre estos temas que en la medida de lo que sepa, os ayudaré.

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