AMIGOS DE PEIXES DESPORTIVOS DO MUNDO

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MAR - COMO LOCALIZAR PREDADORES

Localizar predadores na imensidade do mar não é tarefa fácil. Muitas vezes bastante complicada se não existem umas referências minimas pelas quais nos podemos guiar. Sem saber interpretar (ler) o mar toda essa imensidão de água nos parecerá igual. A maioria de pescadores que praticam o Spinning encontram-se quase sempre com esta dúvida. Para mim, e sem querer presumir de sábio, pois a minha ideia ao escrever estas linhas é somente a que me ensinou o meu pai. "Sempre que compartes, aprendes". Com estas palabras com base pretendo comentar um pouco a experiência que ganhei vivendo ao lado do mar.
AS CORRENTES MARINHAS: para mim, um dos factores mais importantes, e que muitas vezes não lhes damos o devido valor. O mar em sí é uma enorme massa em constante movimento, pela influência das marés. A geografia do fundo actúa sobre essa massa de uma maneira ou de outra dependendo de uma barreira rochosa ou um salto de profundidade. Fazendo aumentar a sua velocidade ou diminuir, dependendo da geografia do fundo. Podemos identificar fácilmente estas zonas (lendo) a superficie do mar, reconhecendo as zonas onde a água está mais tranquila e as zonas onde acontece o contrário com a segurança de que sabemos porque razão o mar se comporta assim em determinadas zonas, para muitos pescadores essa é a diferença entre pescar e andar todo o dia a lançar queixando-se da sua má sorte.
Essa simples questão, pode fazer variar a côr da água e com essa variação de côr, também varia o comportamento dos peixes presentes nessa zona, zonas de espuma, zonas de corrente com água cristalina, zonas de remoinhos, zonas de calma. Todos estes factores são os que nos podem indicar onde estão os peixes, pois apesar de que muita gente pensa a pesca (para mim) não é uma questão de sorte. Existe sempre um factor determinante que faz com que um pescador pesque e outro não.
Estas correntes marinhas para os peixes são o que nós chamariamos (cintas transportadoras de comida) existem correntes pequenas e outras que são verdadeiras autoestradas que percorrem km. Dentro destas correntes encontram-se milhões de microorganismos e restos orgânicos que claro está atraem uma multidão de espécies que delas se alimentam, aumentando a cadeia alimenticia até chegar à nossa parte favorita. Os predadores, toda a gente sabe que na natureza o que não come é comido e nestas autoestradas abundam peixes como cavalas, bogas, carapaus, liças, e  uma infinidade de peixes que normalmente são o alimento diário das nossa espécies favoritas, tais como anchovas, robalos, corvinas, palmetas, lírios etc. Em muitas ocasiões estas correntes não são só, uma fonte de alimento, também servem de meio de transporte para os alevins de uma infinidade de peixes que as utilizam para deslocar-se com o menor esforço a outros territórios.

AS AVES MARINHAS: são excelentes indicadores da existência de predadores na superficie, tal é a importància que estas aves têm que muitos barcos que se dedicam à captura do atún, utilizam radares que captam grandes concentrações de aves, a várias milhas de distância porque sabem que se existe uma grande concentração de aves é porque há peixe na zona de certeza. Pois a defesa mais prática dos alevins e pequenos peixes ao sentir-se atacados é formar uma bola e ascender à superficie. Estes cardumes são visiveis do céu e as aves marinhas são autênticos sentinelas aeréos que detectam na superficie qualquer mudança do seu estado natural.
AS MUDANÇAS DE TONALIDADE: a agitação do mar, provocada pelas correntes, ondas, vento, mar de fundo ou uma barra (saida de um rio no mar) provoca muitas vezes a mudança de tonalidade das águas devido a uma acumulação de matéria em suspensão, já seja lodo, ou barro traido pelos rios ou mesmo areia. Estas manchas de água turva com o tempo vão-se deslocando à deriva por acção do vento e das marés e claro está das correntes. Estas zonas são procuradas pelos alevins e peixes de menor tamanho pela facilidade de encontrar alimento e sentir-se seguros ao mesmo tempo.  Nas barras normalmente esta diferença de tonalidade é permanente, por essa razão a concentração de peixes nessa zona é sempre tão alta. Devido a esta linha divisória entre a água clara e a turva, os predadores encontram um paraiso para poder atacar as suas presas sem ser vistos, patrulhando estas zonas incansavélmente.
OS BARCOS DE PESCA: ao ver passar uma traineira, um arrastão ou qualquer outro barco de pesca, talvez não todos pensemos que debaixo dessa esteira de espuma que o barco deixa estão perdadores. A limpeza das redes de pesca de peixes pouco comerciais ou sem medida que não se poderão vender na lota, são atirados ao mar durante a viagem de regresso, deixando claro está um banquete para os predadores que poderão encher a barriga com o menor esforço, e a primeira regra de qualquer predador é ser opurtunista. A larga distância poderemos verificar se o barco em questão está a limpar as redes pois normalmente estará rodeado de centenas de gaivotas e outras aves marinhas que também querem a sua parte do festim.
OS PEIXES GUIA: que diversas espécies se sirvam de outras para encontrar alimento é um facto consumado, tanto na terra como no mar. Muitos mamiferos marinhos costumam ir acompanhados de predadores que aproveitando o sistema de ecolocalização destas espécies as utiliza como guias para encontrar o seu próprio alimento. A mais conhecida e explorada pela pesca comercial é a do caso dos golfinhos e dos atúns, concretamente da espécie de barbatana amarela. Está demostrado que estes peixes utilizam as suas capacidades para detectar grandes cardumes de peixes, por isso se verificamos que existe um cardume de golfinhos poderemos quase afirmar que debaixo de estes se encontra um cardume de atúns.
OBJECTOS FLUTUANTES: os alevins de diversas espécies utilizam de forma instintiva qualquer objecto flutuante como abrigo para esconder-se dos seus predadores e encontrar alimento, que normalmente está pegado a este em forma de larvas, ou outros microorganismos. Este tipo de objectos podem ser por exemplo qualquer barco atracado ao porto vários meses sem ser movido, pedaços de madeira flutuando no mar ou grandes camadas de algas que devido às marés vivas são arrastadas para o alto mar. Alguns de estes predadores como por exemplo o Dourado, sabe que estas coberturas são autênticas geleiras, e  normalmente escondem-se debaixo de estas à espera do peixinho que vai à procura de alimento ou abrigo. Este fenómeno está hoje em dia muito bem explorado por diversas companhia de pesca industrial que utilizando estes conhecimentos cobrem estensas zonas com plataformas à deriva (mas bem sinalizadas) para atrair estes predadores, é o caso por exemplo das plataformas para capturar atúns. Se encontrares durante o dia de pesca algum destes exemplos, não dúvides e lança, em último caso só perderás um lance, e por outro lado podes acabar com um sorriso de orelha a orelha.
A ARMA SECRETA: perspicácia, sempre que nos vamos a enfrentar a um dia de pesca normalmente pensamos em uma espécie em concreto. Claro está que é bastante conveniente conhecer a sua biologia, costumes, habitat e dar-lhe bastante à imaginação. A titulo de exemplo, uma mania que costumam ter quase todos os pescadores (incluido eu) é o caso do Robalo, quase sempre associamos o robalo com a espuma, rebentação e vamos sempre à procura de esta espécie neste cenário, o qual é certo mas a minha opnião é que não nos devemos limitar a essa ideia. Os predadores salvando as suas difererenças, têm de procurar o alimento onde esté e se este não se encontra na rebentação, claro está que o buscaram em outros sitios, suponho que como já aconteceu comigo o que vou contar já aconteceu com muitos amantes da pesca, (...  um dia passeando com o meu filho, por um molhe qualquer, ele muito excitado chama-me, dizendo que tinha visto uma liça enorme, explicando com os braços abertos de par em par o tamanho colossal do peixe, claro que a minha reacção foi dizer que não havia liças desse tamanho, ele insiste e praticamente arrastando-me leva-me ao sitio onde viu a tal liça, e efectivamente era verdade. Mas não era uma liça e sim um robalo descomunal, sem exagerar que é o que normalmente fazemos deveria estar entre os 6-7 kg, fiquei logo com a boca seca a pensar porque raios é que não tinha uma cana de pesca, e que isto só me acontecia a mim...) este caso acontece com mais normalidade do que muitos pensamos, pois como qualquer predador o robalo procurava mimetizar-se com as liças devido à semelhança que têm com esta espécie. Mas o mais interessante é que este robalo tinha o mesmo comportamento que o cardume de liças, seguindo o cardume com a mesma velocidade e a mesma direcção em que se deslocava, outra actitude de caça estratégicamente pensada. Suponho que cuando chegasse o momento, este robalo atacaria de maneira imprevista qualquer liça mais jovem que distraidamente lhe passase pela frente. 

Penso que na pesca como na vida, não devemos nunca parar de evoluir, e sempre que nos seja possivel libertar, porque o que libertamos hoje poderemos pescá-lo amanhã muito maior. Espero que estas palavras sirvam para ajudar a algum futuro amante deste desporto tão belo que é a pesca desportiva.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A RAIA LENGA - Raja clavata ( Linnaeus, 1758)

 
                                                                   

FAMILIA: rajiídeos.

LONGEVIDADE: 12 anos.

PROFUNDIDADE: 0 - 577 metros.

COMPRIMENTO: 105 cêntimetros.

PESO: 18 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: desde Islândia ao mar Negro.
BIOLOGIA: esta espécie também chamada raia de espinhos, é a raia mais comum das águas europeias. É um membro da família dos raiídios que vive no fundo do mar e que deve o seu nome aos numerosos espinhos que possui na cauda, dorso e barbatanas peitorais. Os exemplares mais jovens vivem em águas superficiais e alimentam-se  de pequenos custáceos. À medida que vão crescendo deslocam-se para águas mais profundas e começam a alimentar-se de presas maiores. Têm tendência a seguir objectos flutuantes por comfundi-los com a sua progenitora, pois durante a sua fase de alevins é assim que se sentem protegidos. A côr da raia lenga é muito variável mas normalmente são castanho mosqueados. Os espinhos da Raia lenga (como de muitas outras raias) são muito resistentes, pois a sua base é em forma de botão e o espinho normalmente está coberto por pequenas aspas em forma de serra que fazem com que a sua estração seja uma dolorosa odisseia . São oviparos e os seus ovos são depositados dentro de uma cápsula resistente conhecida como "bolsa de sereia".
ALIMENTAÇÃO: caranguejos, moluscos e peixe.

MÉTODOS DE PESCA: Surfcasting, Pesca embarcada.

RÉCORD IGFA: encontra-se em 7,590 quilos capturada no dia 07/11/1988 por John Thompson em Jersey, Channel Islands, em Inglaterra.

                                                HOMENAGEM AOS AMIGOS

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O PEIXE-SERRA - Pristis pectinata (Latham, 1794)

                             EM PERIGO DE EXTINÇÃO EM PERIGO DE EXTINÇÃO !!!
                           EM PERIGO DE EXTINÇÃO EM PERIGO DE EXTINÇÃO !!!

FAMILIA:  pristídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 20 metros.

COMPRIMENTO: 760 cêntimetros.

PESO: 350 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Mediterrâneo e águas temperadas e tropicais do Atlântico.
BIOLOGIA: os peixes-serra (pristídeos) em realidade são raias parecidas com tubarões com focinhos compridos e achatados munidos de filas de dentes fortes e  afiados de cada lado. O peixe-serra de dentes grandes (Pristis pristis) e o de dentes pequenos Pristis pectinata são espécies do Atlântico que podem atingir pesos descomunais. Os peixes-serra também vivem em água doce devido à sua tolerâncias à baixa salinidade, poe exemplo o peixe-serra de dentes grandes encontra-se a 750 km do local donde desagua o rio Amazonas. Basicamente estes dois peixes-serra são iguais, a maior diferença entre eles é que o peixe-serra de dentes pequenos (Pristis pectinata) possuis mais dentes (24 ou mais) encuanto o peixe-serra de dentes grandes (Pristis pristis) só têm 20 ou menos. É um peixe que normalmente se encontra a pouca profundidade porém têm a capacidade de alcançar profundidades enormes nas suas deslocações em busca de novos territórios. Utiliza a sua serra para escravar os fundos á procura de alimento e para defender-se como se de um esgrimista se trata-se e mata com facilidade tubarões. Actualmente encontra-se em perigo de extinção pois durante muitos anos foram pescados de maneira sistemática para vários fins, embora o mais conhecido fosse utilizar a sua serra como motivo de decoração. É uma das seis espécies de peixe-serra que existem mundialmente em rios, lagos e áreas costeiras tropicais e subtropicais. Os peixes-serra caracterizam-se por ter longevidade alta, taxas de crescimento lentas, maturação tardia e baixa fecundidade (taxas de natalidade). Se adicionar-mos a estas características, o facto de que estes peixes ficam presos muito fácilmente em aparelhos de pesca, é fácil compreender por que é que todas as espécies de peixe-serra são extremamente vulneráveis à sobrepesca, e que a sua capacidade de recuperação de uma redução drástica da população é muito lenta. Desta forma, infelizmente, devido à sobrepesca e à destruição do seu habitat, o peixe-serra foi erradicado da maioria da sua distribuição geográfica passada.
INSTRUCÇÕES PARA LIBERTAR UM PEIXE-SERRA COM SEGURANÇA !!!
Se for capturado com Anzol:
* Mantenha o peixe sempre dentro de água.
* Se conseguir fazê-lo com segurança, desenrede o fio de pesca, caso esteja enredado na serra, e retire o máximo possível.
* Corte o fio o mais próximo possível do anzol.
* Não tente remover qualquer anzol a menos que possua um libertador de anzóis com asa.
Se for capturado com rede:
* Faça o máximo esforço para libertar o animal da rede causando o mínimo dano e stress.
* Mantenha o animal, especialmente as brânquias, o máximo possível dentro da água.
* Tente remover toda a rede e liberte rapidamente o animal.

ALIMENTAÇÃO: invertebrados, crustáceos e peixe.

MÉTODOS DE PESCA:  Surfcasting, Pesca embarcada.

RÉCORD IGFA:  para esta espécie encontra-se em 403,920 kg, foi capturado por Jack Wagner em Fort amador no canal de Panamá, em 26/05/1960. Mas não é um Peixe-serra de dentes pequenos e sim um de dentes grandes. Para o peixe-serra de dentes pequenos não há récord.

                                                       HOMENAGEM AOS AMIG@S

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O PICÃO VERDE - Sander vitreus (Mitchill, 1818)

FAMILIA:  percídeos.

LONGEVIDADE: 29 anos.

PROFUNDIDADE: 0 - 27 metros.

COMPRIMENTO: 107 cêntimetros.

PESO: 11 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Estados Unidos e Europa.
BIOLOGIA:  os percídeos constituem  uma família de peixes ampla e diversa que compreende a perca e outras espécies com ela relacionadas. Como é o caso de esta espécie, possui uns grandes olhos vítreos que se destacam durante o dia e que brilham à noite quando a luz os ilumina, tal como os gatos. É o maior de todas as percas norte americanas. Trata-se de uma espécie apreciada não só pelo seu valor desportivo, mas também pelo culinário, visto que a sua carne é deliciosa. Encontra-se tanto em águas correntes como paradas, alimenta-se na sua juventude de larvas de insecto e outros invertebrados passando mais tarde a uma dieta mais ampla e variada. Ao tocar o picão verde ou qualquer percídeo verificaremos que é bastante áspero devido ao facto de que as suas escamas são as chamadas escamas ctenóides - escamas que apresentam um ligeiro serrilhado nos rebordos. As escamas lisas sem serrilhado como as que apresentam a carpa são chamadas ciclóidesPode ser confundida com o Picão Europeu ou Lucioperca. São peixes que preferem águas profundas e com pouca luz e normalmente só se aproximam da superficie ou da margem durante a noite ou em dias nublados. A sua reprodução dá-se normalmente durante os meses de abril - maio.
ALIMENTAÇÃO: peixes, salamandras, lagostins, cobras, rãs e patos ou outras aves aquáticas.

MÉTODOS DE PESCA: spinning, mosca, corrico, jigging.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 11,340 kg capturado por Mabry Harper no lago Old Hickory em Tennessee U.S.A. no dia 08/02/1960.

                                                       HOMENAGEM AOS AMIGOS

sábado, 30 de outubro de 2010

O TUBARÃO BRANCO - Carcharodon carcharias (Linnaeus, 1758)

                                                                   
FAMILIA: seláceos.

LONGEVIDADE: 36 anos.

PROFUNDIDADE: 0 - 500 metros.

COMPRIMENTO: 600 cêntimetros.

PESO: 1000 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: águas temperadas e tropicais de todo o mundo.
BIOLOGIA: 350 milhões de anos, origen conhecida da sua existência, um mito sem dúvida, este magnifico peixe também conhecido como tubarão assasino ou de São Tomé, é famoso por atacar banhistas, mergulhadores e até mesmo barcos. Mas tem sido perseguido de forma tão impiedosa que agora é ele que se encontra em perigo de extinção. É sobretudo um peixe do oceano profundo, embora por vezes entre em águas superficiais em busca de alimento. Uma máquina perfeita, cada milímetro do seu corpo foi concebido para caçar, para mim a parte mais espetacular é sem dúvida a sua boca, os dentes estão constantemente a partir-se e a cair para poderem ser substituídos por filas inteiras que crescem por detrás deles nas gengivas, estes dentes são em forma de serra e podem medir até 7,6 cm. Com uma mandibula que pode exercer a força de 3000 kg por centimetro quadrado é quase sobrenatural. Alguém que sobreviveu aos dinossauros têm de ser especial. Pussui a capacidade de detectar pequenas correntes eletromagnéticas o que utiliza para detectar as suas presas, para além da capacidade de cheirar o sangue a km de distância, além disso é capaz de detectar sons de baixa frequência. A sua perfeição é tão óbvia que dexou de evoluir há 20 milhões de anos e continua a ser o maior depredador da cadeia alimenticia dos oceanos.
ALIMENTAÇÃO: peixe, marisco, lulas,  tartarugas, focas, leões marinhos e práticamente tudo o que lhe entre pela boca.

MÉTODOS DE PESCA: corrico, à deriva, Spinning.

RÉCORD IGFA: encontra-se em 1,208,30 quilos capturado por Alfred Dean no sul de Ceduna, Austrália no dia 21/04/1959.

                                                         HOMENAGEM AOS AMIG@S

O CACHORRO - Bodianus unimaculatus (Günther, 1862)

FAMÍLIA: labrídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 70 metros.

COMPRIMENTO: 50 cêntimetros.

PESO: 10 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Austrália (do sul de Queensland até Victória) e Nova Zelanda, também existem importantes populações no Atlântico.
BIOLOGIA: a familia dos labrídeos compreende mais de 400 espécies distribuídas por muitas águas costeiras tropicais e temperadas. O tamanho dos bodiões varia entre os 10 cêntimetros das espécies mais pequenas aos 2 metros do bodião de Maori (Cheilinus undulatus) sobre o qual já escrevi anteriormente. Habitante de zonas rochosas e coralinas ricas em vegetação é uma espécie com poucos "fans" na pesca desportiva, no entanto este bellissímo peixe possui uma das carnes mais saborosas do reino aquático, para além da espetácular luta que oferece. Normalmente o tamanho das capturas realizadas desta espécie é de reduzido tamanho, pois as capturas mais habituais são feitas desde costa na modalidade de Surfcasting.
ALIMENTAÇÃO: minhocas, caranguejos, moluscos, crustáceos.

MÉTODOS DE PESCA: Jigging, Pesca embarcada, Spinning, Surfcasting.
RÉCORD IGFA: não existe récord para esta espécie.

                                                   HOMENAGEM AOS AMIG@S

sábado, 16 de outubro de 2010

O SARGO VEADO - Diplodus cervinus (Lowe, 1838)

FAMÍLIA: espárídeos.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 300 metros.

COMPRIMENTO: 50 cêntimetros.

PESO: 3,950 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Oceano Atlântico e Mediterrâneo.
BIOLOGIA: este magnifico animal  é sem dúvida a jóia da coroa dos espáridos, durante a sua jventude parece um peixinho de aquário, belo e indefeso. Mas já durante a sua juventude, demonstra o potencial que têm como peixe desportivo, uma autêntica máquina.
Com um corpo oval, como a maioria dos sargos e um perfil ligeiramente côncavo , boca pequena e lábios grossos. O seu rasgo fisico mais transcedental são sem dúvida as franjas transversais que adornam o seu corpo, normalmente são 4-5 embora possa haver excepções. O seu habitat normal são as praias com abundância de zonas rochosas,  embora também os encontremos em praias de areia. Quando jovem forma pequenos cardumes, os adultos preferem a solidão, possuidores como a maioria dos sargos de uma magnifica dentadura capaz de partir com facilidade o mais duro mexilhão, um dos seus petiscos favoritos. Claro está que com uma dieta como esta a sua carne é simplesmente deliciosa.
ALIMENTAÇÃO: moluscos, crustáceos, milhocas etc.

O VIDEO: aqui podemos apreciar a captura de um récord de sargo veado pelo já famoso João Pardal.


MÉTODOS DE PESCA: Surfcasting, á bóia, pesca embarcada.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 3,950 kg capturado por João Pardal no dia 04/02/2007 em Vila Real de Santo António, Algarve, Portugal.

                                                       HOMENAGEM AOS AMIG@S

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O GORAZ - Pagellus bogaraveo (Brünnich, 1768)


FAMÍLIA: esparídeos.

LONGEVIDADE: 15 anos.

PROFUNDIDADE: 0 - 300 metros.

COMPRIMENTO: 70 cêntimetros.

PESO: 5 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: desde Noruega até ao Mediterrâneo e Ilhas Canárias.
BIOLOGIA: o goraz tem barbatanas vermelhas e uma tonalidade avermelhada no seu corpo prateado. Também possui uma grande mancha escura por detrás de cada cobertura branquial. Encontra-se em profundidades variáveis mas quase sempre perto de recifes e destroços de navios. Desloca-se normalmente em cardume, e é bastante voraz. Durante a sua juventude é normal capturar pequenos gorazes em zona costeiras, locais donde se alimentam de pequenos moluscos, crustáceos, milhocas e pequenos peixes, normalmente em fundos de lodo ou areia. Muitas vezes comfundido com o seu "primo", o Besugo (Pagellus acarne) do qual falaremos mais adiante. Maravilhoso combatente que nos dará enormes alegrias se tivermos a sorte de capturar um exemplar com um peso consideravél. A sua carne é sem dúvida uma das mais saborosa da fauna marinha, razão pela qual é cada vez mais dificíl capturar um exemplar em condições.
ALIMENTAÇÃO: camarões, caranguejos, lulas e peixe.

MÉTODOS DE PESCA: Surfcasting, pesca embarcada, jigging.

RECORD IGFA: até há data não existe record para esta espécie.

                                                      HOMENAGEM AOS AMIG@S

domingo, 19 de setembro de 2010

O BONITO DO ATLÂNTICO - Sarda sarda (Bloch, 1793)

FAMÍLIA: escombrídeos.

LONGEVIDADE: 5 anos.

COMPRIMENTO: 90 cêntimetros.

PROFUNDIDADE: 0 - 50 metros.

PESO: 11 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Atlântico, Mediterrâneo e Mar negro.
BIOLOGIA: o Bonito do Atlântico também chamado Sarrajão ou Serra, é semelhante ao do Pacifíco, mas as riscas que possui nos flancos são mais oblíquas e têm 20 a 23 espinhos na primeira barbatana dorsal, contra 17 a 19 do seu congénere do Pacífico. Quando se alimenta, desenvolve uma risca amarela em ambos lados do dorso e uma série de barras escuras verticais em cada flanco. Estas desaparecem quando pára de comer. Viaja em cardume a profundidades que oscilam entre os 50 metros e a superfície. Costuma entrar em estuários para alimentar-se, possui tendências canibais visto que os adultos predam sobre os seus congéneres mais jovens. E têm facilidade para adaptar-se a  diferentes estados de temperatura. Nadador veloz e lutador como poucos, uma verdadeira jóia para o pescador desportivo.
ALIMENTAÇÃO: lulas e peixes como a cavala que captura logo abaixo da superfície.

MÉTODOS DE PESCA: corrico, spinning, jigging, á deriva.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 8,300 quilos capturado por D. Higgs na ilha do Faial, Açôres, Portugal no dia 07/08/1953.

                                                 HOMENAGEM AOS AMIGOS       

sábado, 11 de setembro de 2010

O PIMPÃO - Carassius carassius (Linnaeus, 1758)


FAMILIA: ciprinídeos.

LONGEVIDADE: 10 anos.

PROFUNDIDADE: 0 - 30 metros.

COMPRIMENTO: 60 cêntimetros.

PESO: 3 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: global (Desde que sejam águas temperadas).
BIOLOGIA: esta pequena carpa de corpo largo está mais próxima do peixe vermelho do que da carpa selvagem, mas pode reproduzir-se com ambas espécies. Tolera uma vasta margem de temperaturas, baixos níveis de oxigénio, acidez e densa vegetação. Tal como a carpa selvagem ou carpa comum (Cyprinus carpio) foi criado em Ásia cerca de 400 a.C. para consumo. É um peixe divertido e curioso, que nos dará mais de uma sorpresa, pois ninguém imagina que semelhante peixinho possa dar a luta que dá um Pimpão com apenas 500 gramas, uma autêntica sorpresa. Aconselho a sua pesca a principiantes, pois como disse antes é um peixe divertido e bastante fácil de pescar. A sua reprodução dá-se no final da Primavera e princípio do Verão quando a água excede os 18ºC. Os ovos são colocados em águas poco profundas com uma vegetação densa e abundante e boa exposição à luz solar, ficando presos às folhas das plantas aquáticas por uma seiva pegajosa. Os alevins eclodem ao fim de cinco a oito dias permanecendo inicialmente agarrados às plantas.
ALIMENTAÇÃO:  milhocas, larvas, caracóis, pão, milho, etc.

MÉTODOS DE PESCA: coup, inglesa, boloñesa, ledgering, carpfishing, à mosca.
RÉCORD IGFA: encontra-se em 2,100 kg capturado por Lars Jonsson no dia 06/12/1988 em Ostanforsan, Falun, Suiça.

                                                      HOMENAGEM AOS AMIGOS

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O ROCAZ - Scorpaena scrofa (Linnaeus, 1758)


FAMILÍA: scorpaeníformes.

LONGEVIDADE: ?

PROFUNDIDADE: 0 - 500 metros.

COMPRIMENTO: 50 cêntimetros.

PESO: 3 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Madeira, Açores, Ilhas canárias, Cabo Verde e Senegal, a sua presença é quase global com a excepção do Mar Negro. 
BIOLOGIA: o seu habitat favorito são as zonas rochosas ou recifes de coral, locais nos quais se oculta prefeitamente devido à sua capacidade de mimetismo. Pode-se estar a cêntimetros de um rocaz sem prever a sua presença, tal é a capacidade deste peixe de camuflar-se com o meio onde vive. É um peixe sedentário pelo qual é muito dificíl ver em cardume. A sua técnica de caça é básicamente ficar imovél até ao momento em que a presa se encontra ao alcance do seu rápido e mortífero ataque, o qual se processa em décimas de segundo. Como peixe desportivo a sua luta não é para grandes alardes, porém ao que se refere à sua carne a conversa é outra. Simplesmente deliciosa! No entanto aconselho extremo cuidado ao manusear este peixe, pois o seu veneno é bastante doloroso, e o seu corpo está prefeitamente equipado com dezenas de espinhas para o destribuir. Aconselho o uso de um boca-grip ou qualquer outro utensilio para o manejar e retirar o anzol. Devido à beleza que possui é bastante común vê-lo em aquários marinhos.
ALIMENTAÇÃO: peixe, crustáceos e moluscos.

MÉTODOS DE PESCA: pesca embarcada, jigging e spinning. 
RÉCORD IGFA: encontra-se em 2,960 quilos e foi capturado por Stuart Brown-Giraldi no dia 30/05/1996 em Gibraltar. 

                                                    HOMENAGEM AOS AMIG@S

domingo, 1 de agosto de 2010

A BARRAMUNDA - Lates calcarifer (Bloch, 1790)


FAMÍLIA: centropomídeos.

LONGEVIDADE: 25 anos.

PROFUNDIDADE: 0 - 40 metros.

COMPRIMENTO: 180 cêntimetros.

PESO: 60 quilos. 

DISTRIBUIÇÃO: regiões costeiras da Ásia e ilhas desde o Golfo Pérsico até à China, e à volta da metade sententrional da costa Australiana.
BIOLOGIA: a Barramunda, vive nos rios, enseadas e pântanos de mangais, desovando em estuários e águas costeiras. Não confundir com a Perca do Nilo (Lates nilotícus) o seu parente mais próximo. Esta familía compreende cerca de 30 espécies. Alguns centropomídeos são exclusivamente marinhos, outros são marinhos mas podem deslocar-se até águas salobras e mesmo até rios; outros ainda vivem em rios e desovam em estuários salobros enquanto poucos permanecem apenas em água doce. As Barramundas são catádromas passam a maior parte do seu tempo de vida em água doce, emigrando para a água salgada apenas para reproduzir-se, são chamados peixes de fundo, visto que estão quase sempre junto a ele, os alevins podem encontrar-se em pequenos rios e ribeiros. Nascem hemafroditas e ao alcançar os 3-4 anos de idade passam a machos ou fêmeas. São perdadores oportunistas que apesar de serem bastante selectivos na sua alimentação não deixam escapar qualquer tipo de alimento que se aproxime às suas poderosas mandibulas. 
ALIMENTAÇÃO: insectos, camarões, caranguejos, peixe, lagostas.

MÉTODOS DE PESCA: Spinning, Corrico, Carpfishing, à Mosca, Surfcasting.

O VIDEO: a captura de uma barramunda com Jeremy Hade. 
RÉCORD IGFA: encontra-se em 37,850 quilos capturada por David Powell no dia 23/9/1999 no lago Tinaroo em Austrália.
          
                                                        HOMENAGEM AOS AMIGOS

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Amante incondicional de la naturaleza y la pesca deportiva. Los blog´s que escribo tienen como finalidad ayudar a cualquier pescador presente y futuro a enamorase de la pesca y respetar el medio ambiente. No hesitéis en escribir a preguntar lo que sea sobre estos temas que en la medida de lo que sepa, os ayudaré.

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