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quinta-feira, 8 de abril de 2021

A PERCA DE ESTUÁRIO - Percalates colonorum (Günther, 1863)

FAMILÍA: percictídeos. A perca de estuário é outro de esses peixes que só alguns podem usufruir da sua pesca. Esta espécie só existe na Austrália e como é obvio, para conseguir uma foto com um exemplar desta espécie não existe outra opção que viajar a esse paraíso. Possui uma côr cinzenta escura no lomo e prateada na zona lateral, difuminando-se em branca ao chegar ao ventre. Encontra-se nas correntes costeiras, estuários e em alguns lagos do sudeste de Austrália. A perca de estuário têm uma particularidade bastante rara em relação a outros peixes da sua mesma familía. A época da desova dá-se em zonas de água salgada com excepção de aquelas que vivem nos lagos. A fêmea deposita os ovos no fundo do estuário, porém estes fultuam até à superficie e são pasto de peixes e aves que transformam a época da desova num verdadeiro festim. Os que consiguem sobreviver, navegam durante três dias, ao final dos quais se dá a eclosão!! Outro caso bastante estranho nesta espécie é o facto de que a época da desova é diferente dependendo da zona em que habita a espécie. Na zona de Nova Gales do Sul a desova dá-se no inverno. Porém, na zona de Victoría o mesmo peixe só desova no inicio do verão. Suponho que será por questão de temperaturas ou correntes alimenticias. O certo é que até hoje, apesar de numerosos estudos sobre o caso, não foi posivel chegar a uma conclusão verídica sobre a razão pela qual a perca de estuário têm este comportamento.
LONGEVIDADE: 40 anos!

PROFUNDIDADE:

COMPRIMENTO: 70 cêntimetros.

PESO: 10 quilos.

DISTRIBUIÇÃO: Em toda Austrália com principal incidência na zona de Nova Gales do Sul e Victoria. BIOLOGIA: a perca de estuário é irmã do robalo australiano (Macquaria novemaculeata) sobre o cual já escrevi um artigo. É um peixe com uma longevidad fora do normal. Pode viver até aos 40 anos!! Os machos alcançam a maturidade com apenas 22 cêntimetros e as fêmeas como em quase todos os peixes um pouco mais tarde, aos 28 cêntimetros. Preferem nadar junto ao fundo básicamente porque é ali que se encontram grande parte dos alimentos que costumam caçar. Na Austrália é uma espécie muito popular entre os pescadores desportivos e também era um peixe que fazia parte da pesca comercial. Porém como sucede vezes sem conta, não sabemos dosificar e pouco a pouco a espécie foi chegando quase ao nivel de estremínio. Agora faz parte das espécies protegidas na Austrália e só se podem capturar um determinado numero de indivíduos. São pescadas principalmente por amantes do spinning utilizando imitações feitas em vinil de camarões, ou lagostins, alguns dos seus principais alimentos. Porém considero que a forma mais activa de conseguir estes peixes, é a pesca ao spinning com pequenas amostras. É um peixe que tal como o achigã, caça por emboscada. Um dato muito importante para aqueles que algum dia possam tentar esta espécie. São peixes gregários! Assim que se capturarem algum voltem a tentar na mesma área que de certeza não andará sozinho. 

ALIMENTAÇÃO: minhocas, moluscos, crustáceos, peixes, amostras.

MÉTODOS DE PESCA: spinning, mosca. 

O VIDEO: A pesca da perca de estuário.

RÉCORD IGFA: encontra-se actualmente em 3,500 quilogramos e foi capturada por Jamie Behrens no ano 2007 em Barwon river estuary na Austrália.

                                                     HOMENAGEM AOS AMIGOS


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