O VIDEO: a história de Lauri Rapala.
SUPERFÍCIE: para a pesca em superficie existem vários modelos de amostras, e embora existam centenas de milhar de marcas, todas dizendo que a minha é a melhor. A verdade é que práticamente todas cumprem a sua função variando em pequenos detalhes como o preço, movimento ou as cores. Eu por exemplo dou mais importância à qualidade dos anzóis que leva dita amostra e ao movimento produzido por ela que às cores. Porém na pesca em superfície existem duas que destacam pela captura de peixes mais que provada.
O POPPER: as características de um popper são básicamente tentar imitar qualquer tipo de ser vivo que se desloque na superficie da água tal como rãs, ratos, pequenas tartarugas ou um peixe com dificuldades natatórias que, ao não conseguir manter-se no nível de água por ele elegido é forçado a subir à superficie. Para manejar un popper o ideal é recolher a amostra com pequenos tirões fazendo uma breve pausa entre cada tirão, é uma pesca pausada e imprópria para nervosos, o ataque normalmente sucede durante a pausa. Devido à forma da sua boca o popper ao deslocar-se pela superfície produz um ruído característico como pop, pop, de esse ruído vem o seu nome.
COMO MANEJAR UM POPPER
O PENCIL POPPER: o pencil é uma variação do popper, com a grande diferença que esta amostra pode ser utilizada de forma mais rápida e com movimentos mais agressivos, entre os quais se inclui o famoso "passear o cão" que consiste em imprimir à amostra um movimento em zig-zag utilizando a ponta da cana com pequenos e subtis toques. Esta amostra têm grandes seguidores no mundo marinho pela captura de peixes como a barracuda ou o jack, mas é igual de efectiva em água doce.
COMO MANEJAR UM PENCIL POPPER
A MAROTA: a marota é a inovação portuguesa entre o pencil popper e o popper, para mim é uma amostra estrela, e não pelo facto de que seja portuguesa, mas porque é realmente efectiva. Para manejar a marota pode-se utilizar as duas técnicas, movimentos rápidos do pencil e movimentos lentos do popper, esta é uma das características que faz da marota uma amostra àparte. Esta amostra é uma velha conhecida de qualquer fanático do blackbass, e de alguns sabichões de água salgada, que conhecem bem o valor das capturas que esta "bazuca" consegue tirar fora de água. O efeito das hélices na água é simplesmente brutal, levantando peixes com uma agressividade incrível.
MEIAS ÁGUAS: aqui o surtido é ainda maior, o que em muitos casos faz a escolha quase impossivel, tal é a quantidade de amostras de meias águas que existe, as amostras de meias águas trabalham normalmente entre 1m de profundidade e 3 metros, entre as quais está a famosa rapala original, nestes acasos a escolha deve ser feita a pensar no tipo de peixe que vamos a pescar, pois todas elas tem um movimento parecido e normalmente o que destaca são as cores (para nós) ou as dimensões da amostra que existem em vários tamanhos embora trabalhem na mesma faixa de água. As amostras de meias águas têm quase todas um movimento lateralmente ondulante, tentando imitar um peixinho que nada com dificuldade, pode variar este movimento de uma marca para outra, mas básicamente é o mesmo movimento, alterado muitas vezes por pequenos pesos colocados no interior da amostra, à frente ao meio ou atrás. Este tipo de amostras imita peixes que se deslocam nas capas superficiais, um factor muito importante a ter em conta é precisamente o tamanho da amostra, dependendo da espécie que procuramos capturar. Estes são alguns exemplos deste tipo de amostras. Começando claro está pela mais famosa.
RAPALA ORIGINAL : esta pequena amostra é uma verdadeira legenda, passam os anos e continua a tirar peixes em qualquer lugar do mundo. Seja em água doce ou salgada. É a tipica amostra de meias águas, caracteriza-se quase sempre por um corpo estilizado, com um babeiro de dimensões reduzidas e com um movimento lateral muito nervoso, pode ser utilizada en recolhidas rápidas ou lentas com breves pausas ou toques de ponteira para animar o movimento tornando-a mais real. As amostras de meias águas também são fabricadas em modelos articulados, dividindo a amostra em 2 ou 3 secções, e como para gostos não está nada escrito, essa já será uma eleição pessoal.
RAPALA MAX RAP: outro exemplo de amostra de medias águas é a Maxrap da rapala, uma amostra que permite lançar a grandes distâncias, outro factor a ter em conta na compra de uma amostra de meias águas, pois a maior distância recorrida maiores possibilidades de captura. A Maxrap é uma amostra de terceira geração, no interior do seu corpo possui umas bolas de tungsteno que ao efectuar o lançamento se deslocam para a parte posterior da amostra transformando-a em um míssel, cortando o ar de uma forma equilibrada primitindo grandes lançamentos, mesmo sem uma experiência prévia da parte do pescador.
PROFUNDIDADE: as amostras para trabalhar em profundidade, têm normalmente uma forma oval ou redonda o que as ajuda a afundar, possuem um babeiro de grandes dimensões que normalmente está ligado à profundidade que alcançam, quanto maior for o babeiro mais afundam.
No entanto existem outras com a mesma capacidade de pescar em profundidade, mas sem babeiro.
São as chamadas Lipless (sem babeiro) estas amostras para além da evidente falta de babeiro também tem outra forma de fixação, e costuma ser na parte superior da amostra. São amostras mais lentas que normalmente possuem bolas de tungsteno no seu interior para provocar ruídos que atraem os peixes. Ao terem esta forma, o manejar destas amostras têm de ser feito com sabedoria, pois são amostras que se prendem muito fácilmente em qualquer obstáculo, devido ao facto de que o primeiro a entrar em contacto com o fundo são as suas fateixas. No entanto em mãos expertas são amostras que fazem a diferença naqueles dias que parece que eles não querem nada.
Este é o caso da Rattlin da Rapala uma das primeira e que até hoje continua a demonstrar a sua efectividade, principalmente em zonas profundas junto a paredes ou para levantar esse achigã que se encontra a 6-8 metros de profundidade no inverno. O seu movimento em dentes de serra, é decisivo para peixes indecisos que não pretendem gastar mais energia que a necessária para alimentar-se.
CRANKBAITS: não se pode falar de crankbaits sem mencionar a famosa Hotlips de Luhr Jansen , outra amostra que marcou uma época e que continua a demonstrar hoje em dia que é uma máquina de pescar. Outra forma de utilizar as amostras de profundidade com babeiro é arrastar a amostra pelo fundo, golpeando o fundo com o seu enorme babeiro, este tipo de pesca é arriscado devido a que se pode prender a amostra, no entanto é muito eficiente. Para a pesca de peixes como o achigã, a lucioperca, ou o lucio no inverno é das melhores. É uma amostra rápida para bater terreno, técnica muito usada pelos profissionais americanos nos torneios para encontrar os peixes a capturar e passar mais tarde se necessário a outras técnicas como por exemplo os vinis, com todas as suas técnicas inventivas e eficazes.
Sei que a lista é curta, mas espero que seja suficiente para que possam ter uma idéia sobre este mundo tão amplio e complicado, porque embora muita gente utilize amostras para pescar, normalmente a sua técnica consiste em lançar e recolher como se se trata-se de uma chumbada, sem muitas vezes pensar na técnica adequada para cada amostra e tentar tirar o máximo partido de esse pedaço de madeira ou plástico.
Espero que tenham gostado, e que sirva de ajuda para poderem utilizar as vossas amostras com mais efectividade, e como se custuma dizer:
"A AMOSTRA QUE MAIS PESCA, É A QUE PASSA MAIS TEMPO DENTRO DE ÁGUA."
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