AMIGOS DE PEIXES DESPORTIVOS DO MUNDO

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LER A ÁGUA - OS RIOS

Muitas vezes esta dúvida assalta a mente de quem se dedica à nobre arte de ludibriar esses tão desejados troféus que para alguns de nós são os peixes.  Que sucede debaixo de água realmente? A capacidade de ler a água pode melhorar bastante a percentagem de êxito de um pescador. O fluxo superficial raramente é uniforme e zonas de turbulência ou áreas de águas mais calmas podem fornecer pistas sobre o que está a acontecer debaixo de água. Assim, poderiamos separar um rio em zonas, e verificar dependendo da época do ano e do caudal que este leva, quais seriam as zonas mais produtivas para a nossa pesca. Porque dependendo do día e da zona tudo pode mudar.
As espécies de peixes presentes num rio variam de zona para zona. Nas zonas superiores, onde a água é mais transparente e flui rapidamente, transportando uma maior quantidade de oxigénio dissolvido (por causa dos choques com a massa de pedras e seixos existentes no leito do rio), encontram-se trutas e tímalos. O alimento é normalmente limitado, restringe-se a larvas de algumas espécies de insectos e camarões (para além de algumas criaturas terrestres que caem à água), por isso os peixes tendem a ser pequenos. Mais abaixo, onde o rio se torna mais fundo e o fluxo mais estável, os bancos de vegetação proporcionam um abrigo para os peixes e atraem a vida animal de que se alimentam. Isto, combinado com um fluxo menos turbulento, faz com que mais espécies estejam presentes, incluindo o barbo, o escalo, o bordalo e a pardelha. Também se poderão encontrar trutas e tímalos, se a água for limpa. Na última zona do curso da maioria dos rios, o fluxo é lento, em particular no Verão. O leito é composto, normalmente, por lodo macio e limos e a vegetação cresce de forma abundante. O lodo e os limos estão muitas vezes suspensos, o que resulta numa visibilidade reduzida e num ambiente inadequado para espécies encontradas mais acima. Em seu lugar estão presentes peixes que preferem o fundo, mais tolerantes a uma água com baixos níveis de oxigénio dissolvido. Contam-se entre eles a brema, a carpa ou a tenca.

FLUXO DE ÁGUA
Estudando os diferentes modelos de fluxo de água, podemos aprender bastante sobre as características do mundo subaquático. Por exemplo, as rochas e a vegetação criam ondas em zonas de águas calmas, enquanto buracos profundos que contêm águas calmas onde os peixes buscam comida e abrigo parecem ser ligeiramente mais escuros do que a superfície que os rodeia.

VEGETAÇÃO DA MARGEM
Os peixes gostam de descansar por baixo das margens rebatidas e de árvores e plantas pendentes, que lhes fornecem sombra, protecção contra predadores como as garças (e os pescadores), e são uma fonte de insectos e outros alimentos.

ROCHAS E PEDRAS
Estas zonas são particularmente ricas em peixes, devido ao facto de que além de oferecer abrigo contra fortes correntes, normalmente produzem remoinhos que arrastam alimentos. Peixes como a truta, o salmão, e outras espécies predadoras como o lúcio, são verdadeiros admiradores destas zonas porque constituem uma autêntica "dispensa" de alimentos.

Assim, durante essas horas intermináveis à espera da picada, podemos aproveitá-las para detectar os pequenos segredos ocultos para a maioria e subir um degrau no conhecimento do meio que tanto feitiço nos provoca e do qual tao apaixonados estamos.

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